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VICTORY CONTRA-ATACA

1 dezembro 2006


Título: VICTORY CONTRA-ATACA (Editora
Talismã
) - Edição especial
Autores: Marcelo Cassaro (roteiro), Eduardo Francisco (desenhos e capas), André Vazzios (cores), Roger Cruz (capas).

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 144

Data de lançamento: 2004

Sinopse: Cinco crianças jogadoras de um RPG (Role Playing Game) medieval descobrem um antigo tomo na vasta coleção de livros do Druida, um jogador mais velho.

Ao abrir o tomo e pronunciar a palavra K'Athanoa, Flavius, o mestre do jogo, invoca um terrível demônio. Felizmente, o feitiço também acordou a maravilhosa guerreira conhecida como Victory.

Positivo/Negativo: Victory é um trabalho despretensioso e voltado para um público bem específico: jogadores de RPG apreciadores de mangá e fantasia medieval. Se este for o seu perfil, esta edição, que compila as quatro edições da minissérie, poderá até te agradar. Caso contrário, procure outra coisa.

O roteiro acerta no diálogo com o público, mas peca por um excesso de personagens mal desenvolvidos. Das cinco crianças, apenas Flavius tem alguma relevância no enredo, os demais quase não são apresentados.

Esse problema fica mais evidente quando uma morte abala os personagens. Dificilmente o leitor vai sentir o mesmo, porque o coadjuvante mal apareceu em cena. E sem identificação não há impacto.

No fim das contas, tudo no roteiro soa apenas como desculpa para mostrar as curvas da protagonista e as cenas de luta, nada mais.

A equipe da arte se sai um pouco melhor, mas também comete seus deslizes. Eduardo Francisco é um desenhista competente e um narrador razoável. Contudo, algumas páginas parecem ter sido feitas às pressas e há uma sensível queda de qualidade, especialmente na última parte.

As cores de Vazzios são tecnicamente impressionantes, mas não colaboram com o desenvolvimento da trama. O desfile de tons saturados e reluzentes polui e chega a atrapalhar a narrativa.

Suas cores funcionam bem em capas e pin-ups, mas numa história longa se tornam cansativas.

Em relação às capas, há uma irregularidade muito grande. A primeira, assinada por Roger Cruz, impressiona, pois foi bem colorizada e chama a atenção. A segunda, de Eduardo, mantém o nível. Já a terceira e a quarta são visivelmente inferiores, especialmente a última, que nem parece ser do mesmo desenhista da primeira.

Quanto à edição da Talismã, pegaram as sobras de venda e, literalmente, grudaram tudo em um único volume. Tiveram ainda, a "brilhante" idéia de juntar todas as quatro capas da minissérie em uma só. Poluição pouca é bobagem.

O papel utilizado no miolo reduziu o contraste das imagens e deu uma bela "lavada" nas cores. Há também algumas imagens estouradas, faltou a numeração das páginas e há falhas de impressão na terceira parte, provavelmente devido a um erro de registro na gráfica. De positivo mesmo, só o preço.

A minissérie tem seus méritos, tanto que chamou atenção da Image Comics e foi publicada nos Estados Unidos. Contudo, é um trabalho mediano e com um projeto editorial muito precário.

 

Classificação:

4,0

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