Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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VINGADORES INVASORES # 3

3 julho 2009


Autores: Alex Ross e Jim Krueger (texto), Steve Sadowski e Patrick Berkenkotter (desenhos) e Inlight Studios (cores).

Preço: R$ 6,50

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Junho de 2009

Sinopse: A luta entre as duas equipes de Vingadores se desenrola no aeroporta-aviões da S.H.I.E.L.D. No ápice da batalha, o novo Capitão América se encontra com Bucky, seu antigo alter ego, e alerta o jovem sobre o seu futuro.

Os Novos Vingadores conseguem resgatar parte da equipe de Invasores, mas isso não permite que o passado e o futuro sejam salvos.

No aeroporta-aviões, o Tocha Humana lidera uma rebelião dos MVA's contra seus superiores, mas parece que os androides não são tão fiéis assim.

O Dr. Estranho descobre que o jovem Paul Anselm é a parte que faltava da equação, mas a cada momento que passa as revelações sobre o futuro dos deslocados no tempo podem trazer conseqüências imprevisíveis para o presente.

Positivo/Negativo: Nos dois primeiros números desta minissérie, que compilam os quatro volumes da obra original, ficava uma sensação de exagero: 12 edições (nos Estados Unidos) para uma história que parecia poder ser resolvida em apenas quatro ou seis?

Mas, a partir desta terceira edição, os vários subplots inseridos de forma tímida nas duas primeiras partes começam a se desenrolar de forma efetiva.

Num deles, o Tocha Humana discute com Tony Stark onde começa e onde termina a vida humana. Como provar se um androide pode viver, ter sentimentos, livre arbítrio e direitos humanos?

Uma discussão que faz o leitor a pensar em Blade Runner, Frankenstein ou Isaac Asimov, e serve de pano de fundo para a trama principal.

Noutro subplot, a descoberta de que Paul Anselm foi transportado para o futuro com os Invasores pode gerar a revelação de acontecimentos que os visitantes do passado não deveriam conhecer.

E, bem no começo da HQ, o novo Capitão América faz uma revelação à sua versão mais jovem que poderá mudar o curso da história, caso seja levada a cabo.

Estas e outras inserções no roteiro transformam a série numa colcha de retalhos interessante, se continuar sendo bem conduzida.

O ponto fraco fica para os desenhos. Se no número anterior foi possível identificar certa melhora no trabalho de Steve Sadowski, este mostra que a inclusão de um novo artista, Patrick Berkenkotter, traz de volta a arte irregular da primeira edição.

Um exemplo é o rosto de Wolverine no primeiro quadro da página 17, que tem tanta testa e bochechas, que sobrou pouco espaço para olhos, nariz e boca, que parecem ter sido espremidos na face.

Os trabalhos comandados por Alex Ross sempre primaram pelo cuidado com a arte, mesmo nos quais não era o desenhista principal, como na trilogia X da Marvel ou em Justiça, da DC. Resta saber se a responsabilidade pela pobreza mostrada até o momento recairá sobre os prazos ou é apenas a constatação da limitação dos artistas.

 

Classificação:

4,0

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