WEDNESDAY COMICS # 3
Editora: DC Comics - Minissérie em 12 edições
Autores: Batman - Brian Azzarello (texto), Eduardo Risso (arte) e Patricia Mulvihill (cores);
Kamandi - Dave Gibbons (texto) e Ryan Sook (arte);
Superman - John Arcudi (texto), Lee Bermejo (arte) e Barbara Ciardo (cores);
Deadman - Dave Bullock (texto e arte), Vinton Heuck (texto) e Dave Stewart (cores);
Green Lantern - Kurt Busiek (texto) e Joe Quiñones (arte);
Metamorpho - Neil Gaiman (texto), Michael Allred (arte) e Laura Allred (cores);
Teen Titans - Eddie Berganza (texto) e Sean Galloway (arte);
Strange Adventures - Paul Pope (texto e arte) e José Villarrubia (cores);
Supergirl - Jimmy Palmiotti (texto), Amanda Conner (arte) e Paul Mounts (cores);
Metal Men - Dan DiDio (texto), José Luis García-López (desenhos), Kevin Nowlan (arte-final) e Patricia Mulvihill (cores);
Wonder Woman - Ben Caldwell (texto e arte);
Sgt. Rock - Adam Kubert (texto) e Joe Kubert (arte);
The Flash - Karl Kerschl (texto e arte), Brenden Fletcher (texto) e Dave McCaig (cores);
The Demon and Catwoman - Walter Simonson (texto) e Brian Stelfreeze (arte);
Hawkman - Kyle Baker (texto e arte).
Preço: US$ 3,99
Número de páginas: 16
Data de lançamento: Julho de 2009
Sinopse
Nesta revista com formato próximo ao de um jornal tabloide, a DC publica histórias seriadas de seus heróis, evocando os velhos tempos dos cadernos dominicais de quadrinhos.
Positivo/Negativo
A DC Comics vive de fazer quadrinhos seriados. Seus principais títulos começaram suas histórias há décadas, com narrativas que não se encerraram até hoje.
Mas fazer gibis de 22 páginas é muito diferente de fazer histórias de uma só, mesmo que em formato maior.
No caso de Wednesday Comics, o ideal é que o autor consiga reapresentar a história que está em andamento, fazê-la evoluir e encerrar com um bom gancho, para que o leitor volte na edição seguinte para ver a sequência.
Não é tão simples.
Mas alguns roteiristas estão se saindo muito bem.
Kamandi, por exemplo, se arrastou bastante até aqui. Dave Gibbons levou duas semanas para apresentar o contexto em que o personagem está. Demorou demais. Mas, agora, compensa com a revelação de que Kamandi continua a ser o último garoto da Terra, sim, mas não é mais o último humano. Há uma garota!
Outro que vem se dando bem é Azzarello. A trama de Batman é a mais complexa de todas. Envolve um punhado de suspeitos de um assassinato. Mas o autor compensa pulando de cena pra cena entre uma semana e outra, focando em momentos-chave para a história.
Kyle Barker também achou uma solução: focou o começo de sua série em um avião sequestrado, em que tudo precisa ser resolvido muito rapidamente.
A tensão também é a chave para os Kubert, que prenderam o Sgt. Rock em uma sala com seus torturadores. A sensação é que não há muito tempo para a Companhia Moleza resgatá-lo.
A solução narrativa para a série do Flash também é engenhosa. A HQ foi dividida em duas histórias menores: uma dedicada ao herói, outra à sua esposa, Iris Allen. E uma vai complementando a outra.
Em Metamorfo, uma das melhores séries, Gaiman e Allred optaram pelo lúdico e por uma narrativa mais experimental. A história inteira é um grande jogo.
E há outras histórias que optaram pelo básico: uma trama mais simples mesmo. Não é errado. Algumas delas, aliás, vão muito bem: Lanterna Verde, Supergirl, Strange Adventures e até Metal Men.
Mesmo assim, ainda há séries que deixam a desejar.
Desafiador evoluiu muito na edição anterior, mas a página desta terceira semana simplesmente não acrescenta nada à história, dependendo apenas da arte para chamar atenção.
Novos Titãs permanece morna.
E Mulher-Maravilha simplesmente não engrena. Ben Caldwell continua espremendo a sua belíssima arte em quadrinhos minúsculos e cheios de texto, prejudicando severamente a leitura. A rigor, ele é o autor que tem mais espaço para desenvolver sua história, mas nem isso funciona.
Classificação: