WOLVERINE # 32
Título: WOLVERINE # 32 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Wolverine - Marc Guggenhem (roteiro) e Humberto Ramos (desenhos);
Wolverine - Origens- Daniel Way (roteiro) e Steve Dillon (arte);
Cable e Deadpool - Fabian Nicieza (roteiro) e Patrick Zircher (desenhos);
X-Factor - Peter David (roteiro) e Ariel Olivetti (desenhos).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Julho de 2007
Sinopse: Wolverine - Logan vai ajudar no desastre de Stamford que deu início à Guerra Civil. Depois, enquanto todos estão preocupados com a opinião pública sobre os heróis e a Lei de Registro de Super-Humanos, Wolverine só quer saber de sair à caça de Nitro, que causou a morte das crianças e dos Novos Guerreiros, mas continua à solta.
Wolverine - Origens- O Presidente autoriza o envio do Bazuca contra Logan sem saber que, durante a Guerra do Vietnã, Wolverine foi justamente o responsável por enlouquecer Frank e transformá-lo na arma viva que é hoje.
Cable e Deadpool terão que lutar contra Luke Cage e Punho de Ferro se quiserem evitar que o Fuinha apanhe. Enquanto isso, o objetivo Dominus já foi roubado por outra pessoa.
X-Factor - Enquanto Siryn precisa lidar com a notícia da morte do seu pai, Madroxx tem uma reunião na Investigação Singularidade, que quer fazer uma oferta irrecusável para ele e seus amigos.
Positivo/Negativo: Por alguns anos, Wolverine foi o personagem principal da Marvel, aparecendo em praticamente todos os títulos da editora. Além da overdose e da superexposição, isso criou várias expectativas em torno dele e, a principal, é o eterno mistério do passado de Logan.
Por sorte, a editora inventou a Dinastia M e, dentro da lógica da série, Wolverine teve seu maior desejo realizado e agora lembra de tudo. Só falta é contar para os leitores... E nada mais comercialmente "justo", do que revelar esses segredos em um título à parte: Wolverine - Origens.
Isso seria normal e não teria grandes problemas se a editora não houvesse engatilhado, logo em seguida, um novo mega-evento em que Logan teria uma participação obrigatória, como está acontecendo em Guerra Civil.
Nesta edição há dois Wolverines distintos, em histórias que acontecem ao mesmo tempo, imediatamente depois da Dinastia M, e que ficam absurdas quando se observa o status de Logan nas duas tramas.
No título Wolverine está a versão mais tradicional do personagem, persistente, anti-heróico, teimando em fazer o que os outros não querem. Não que a personalidade seja o grande entrave, o problema é assistir o Wolverine agindo de forma aberta, aparecendo na TV, oficialmente com os Vingadores e tudo mais.
Enquanto isso, em Wolverine - Origens, ele é quase um vilão, cruel, com um passado sombrio, que está fazendo um banho de sangue por onde passa e que está foragido. Mais do que isso, o presidente dos Estados Unidos e a S.H.I.E.L.D. estão com tanto medo dele, que enviam o Bazuca, uma espécie de super-soldado completamente enlouquecido, atrás do baixinho.
Nenhuma das histórias é ruim e dificilmente o leitor ficará confuso, pois já está costumado a ver Wolverine em dez lugares ao mesmo tempo. Contudo, essas coisas tornam muito complicado falar do conceito de realidade nos quadrinhos.
Por fora da Guerra Civil, Cable e Deadpool finalmente começa a acertar a mão no humor. Não faz ninguém rolar de rir e o desenho ainda não tem grandes atrativos, mas com a trama um pouco mais amarrada e as participações especiais de Luke Cage e Punho de Ferro, a revista diverte.
X-Factor também se reencontrou. A revista tinha desandado um pouco, aberto demais a narrativa em vários focos e perdido a graça. Agora, com uma edição centrada em duas tramas, ficou agradável e é nítida a progressão da trama.
Aliás, nesta edição há uma crítica muito bacana às mortes e ressurreições nos quadrinhos. Peter David age com muita sensibilidade e torna o momento de luto de Siryn por seu pai Banshee (que faleceu recentemente nas histórias de X-Men Extra) em algo engraçado, sem ser de mau gosto.
Na trama principal, com Madrox em uma peculiar reunião na Investigação Singularidade, a revista mostra que ainda pode manter seu clima policial. Vale dizer, aliás, que ela tem seguido um bom caminho para isso. O leitor sabe o que os personagens estão buscando, porém a diversão é ver como eles chegam a essa informação.
Apesar da mudança de artista, o visual continuou parecido. Ariel tem um traço mais definido e arredondado, mas, como as cores, que vinham sendo o diferencial do título, se mantiveram, o leitor pode nem perceber a troca.
Classificação: