WOLVERINE # 45
Autores: Wolverine (Wolverine # 54) - Jeph Loeb (roteiro) e Simone Bianchi (desenhos);
Wolverine - Origens (Wolverine: Origins # 15) - Daniel Way (roteiro) e Steve Dillon (arte);
Cable & Deadpool (Cable & Deadpool # 39) - Fabian Nicieza (roteiro) e Ron Lim (desenhos);
X-Factor (X-Factor # 19) - Peter David (roteiro) e Khoi Pham (arte).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Agosto de 2008
Sinopse: Wolverine - Logan continua tendo sonhos estranhos, agora com a Segunda Guerra Mundial. Ele e seu companheiro vão atrás de Dentes-de-Sabre, Selvagem e uma explicação no velho Complexo da Arma X.
Wolverine - Origens - Cyber está à beira da morte e Wolverine leva-o até o Consertador para deixá-lo forte o suficiente para falar o que sabe sobre Daken.
Cable & Deadpool - Deadpool precisa salvar as amigas do Agente X de T-Ray, um velho inimigo que alega que ele roubou sua identidade.
X-Factor - A Célula X está causando uma grande confusão no Distrito; e o X-Factor não consegue juntar as pistas necessárias para ver quem realmente está tramando tudo.
Positivo/Negativo: A história de Loeb está cada vez mais enrolada e chata. Na mistura de supostos sonhos, ou memórias, nem mesmo Wolverine sabe o que é verdade o não nesse enrosco.
Para piorar, o autor colocou a Arma X no meio; e tudo que a envolve é traumático e problemático, pois essas histórias foram mexidas, remexidas e reviradas de todo jeito e, a cada nova abordagem, a situação só piora.
O mais triste é que, até aqui, o arco foi pura confusão e cacofonia de ideias. Há um esboço de linha de raciocínio, mas ainda tênue. Só que a próxima edição é a conclusão e terá outra luta de Logan e Creed.
Portanto, ou será uma edição com texto à beça para explicar tudo, ou as coisas ficarão no ar e esse arco não só terá sido ruim apenas em suas partes, mas como um todo.
Ao menos a arte é muito boa, o que, na verdade, é uma pena - Simone Bianchi poderia estar colaborando com roteiristas melhores.
Muito esporadicamente, Daniel Way joga algumas migalhas de informações para alimentar os leitores. Desta vez, Cyber revela para Logan algumas verdades sobre o Departamento H e Hudson. Aparentemente, as pessoas que acolheram Wolverine quando ele morou no Canadá eram os mesmos canalhas que contrataram Cyber para torturar e matar pelo governo canadense.
Além disso, ele revela que Janet, uma das esposas de Logan, assim como várias outras mulheres da vida dele, não passavam de um mecanismo de controle, e eram assassinadas quando necessário para Wolverine sempre se lembrar que é um animal, não um humano.
É bom que a história finalmente caminhe para algum lugar, mesmo que revele conceitos já explorados antigamente. A ideia de que os amores de Wolverine eram arquitetados e que o Departamento H era podre já foi trabalhada várias vezes, inclusive chegou a ser levantada, em menor proporção, no desenho animado dos X-Men dos anos 1990.
Mas, claro, para revelar algo Way precisa compensar criando um novo mistério. Então, Daken é torturado por alguém a mando de um mestre, que mandou deixar Logan em paz. Ou seja, a trama vai enrolar por muito tempo.
Como sempre, a arte de Steve Dillon é limitada na variedade de feições e cansativa com o passar do tempo. Depois de 15 edições, ele já poderia ter sido substituído ou pelo menos revezar com alguém para mudar um pouco o visual para o leitor.
Cable e Deadpool tem alguns bons momentos. No geral, são piadas sem graça e brincadeiras de metalinguagem. Mas, finalmente, se voltou a se falar do Cable. Na luta com T-Ray, Deadpool ficou sério e comentou como funcionava o cérebro dele e o que Nathan fez por ele. Assim, por um breve momento, fez sentido os dois serem amigos.
Nos últimos meses, o título praticamente enrolou esperando os acontecimentos de X-Men, de Mike Carey, que envolvem Cable e, aparentemente, na próxima edição as histórias se integrarão. Vale esperar para ver se melhora ou se volta para a baixa qualidade de sempre.
Desta vez, X-Factor não salvou o mix. A história com a Célula X é bagunçada. De um lado, eles fazem ataques achando que o sumiço dos poderes é culpa do governo; de outro, o Pietro se movimenta aqui e ali tentando esconder a verdade sobre o Dia M.
É uma trama inteligente, com ação e uma arte bem feita, mas não está tanto quanto em outros meses. Está acima da média da do mix, porém isso diz muita coisa, já que o restante da revista é sofrível.
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