Daniel Way é um roteirista muito fraco. E justamente em suas mãos caiu um dos personagens mais fortes da Marvel, o Wolverine.

Além de tocar a revista com fracas histórias de Daken, Way é responsável pela longa saga que tenta explicar o passado do personagem - e foi justamente assim que surgiu o filho de Wolverine.

E é nessa saga que se revela o vilão definitivo de Wolverine: Romulus - mais um personagem sem graça, meio Logan, meio Dentes de Sabre. Com esse cenário não seria possível criar algo lá muito interessante.

Ressalte-se que o grande vilão do Wolverine foi introduzido via retcom - recurso que mostra algum fato anterior da cronologia não apresentado aos leitores até então. Desde que surgiu há alguns anos, Romulus tem se mostrado responsável por um complexo plano que envolve todo o passado do mutante canadense.

Apesar de toda essa confusão, o que torna as histórias de Wolverine insuportáveis é a quantidade de clichês e de frases prontas dos personagens.

Romulus conhece tão bem o seu inimigo, que todas as formas que Logan pensar para derrotá-lo já foram antecipadas. É o tipo de recurso que gera um beco sem saída narrativo.

Way acredita que fazer Wolverine pedir conselhos ou seguir planos de outros é o suficiente para vencer Romulus. Ideia essa que é um absurdo lógico. Afinal, se o vilão é assim tão inteligente, ele pressuporia o plano de Logan e o manipularia.

Nesta edição, Way lança mão de uma ideia que poderia ser interessante, mas se apresenta mal executada. Um paralelo entre dois personagens que têm filhos problemáticos: Wolverine e Hulk.

No entanto, o entorno de uma conspiração mal pensada, com lutas pessimamente coreografadas e o lugares-comuns do tipo "briguei com você, mas agora somos amigos", irrita até o leitor mais entusiasmado com o personagem.