Autores: Warren Ellis (roteiro) e John Romita Jr. (desenhos).

Preço: R$ 68,00

Número de páginas: 312

Data de lançamento: Maio de 2009

Sinopse: Após sofrer lavagem cerebral nas mãos da liga de assassinos conhecida como Tentáculo, Wolverine se tornou um agente do clã ninja, atacando os seus antigos aliados X-Men, Quarteto Fantástico e a agência S.H.I.E.L.D.

Resta saber quem poderá detê-lo.

Positivo/Negativo: No embalo do filme X-Men - Origens - Wolverine, a Panini colocou no mercado este encadernado de um dos mais interessantes arcos recentes do herói.

As histórias foram originalmente publicadas nas edições # 20 a # 32 da revista Wolverine nos Estados Unidos. No Brasil, as HQs também saíram entre as edições # 13 e # 22 da versão nacional de Wolverine.

Apesar da qualidade da série, fica a questão: por que a editora decidiu lançá-la em capa dura? A trama poderia perfeitamente ter saído como a edição Bem-vindo de volta, Frank, encadernado do Justiceiro que também compilava histórias já lançadas, mas que saiu em formato brochura e com um preço mais acessível.

Na trama, Mark Millar coloca Wolverine como um assassino a serviço de uma fusão da Hidra com o Tentáculo, após passar por uma cerimônia de ressurreição e lavagem cerebral.

A partir daí, é composta uma trama do herói contra seus antigos aliados, pois cada superser que morrer será revivido pelo Tentáculo como um vilão a seu serviço, assim como foi feito com Logan.

E nessas batalhas Wolverine se torna praticamente imbatível. Sem as travas naturais que sua consciência impõe, ele não hesita em estripar soldados da S.H.I.E.L.D. ou mesmo membros dos X-Men.

Um dos pontos altos da saga é quando Logan, já reconvertido pela S.H.I.E.L.D., mas tendo de enfrentar o exército que ajudou a criar, discute com Estrela Polar. Ele discursa que finalmente está fazendo "todas as coisas que são naturais pra gente... mas a Igreja e o Estado nos treinaram pra reprimir durante anos".

Novamente, a questão de ter ou não consciência de seus atos é levantada nas histórias de Wolverine, mas com uma abordagem totalmente diferente. Infelizmente, isso fica restrito a este trecho da trama, pois as outras 300 e tantas páginas focam somente a ação.

E isso não é ruim, pois as batalhas conduzidas por John Romita Jr. são empolgantes. É notória a habilidade do desenhista para lidar com personagens cujo destaque é a agilidade. Ele sempre sabe o que deve ou não entrar numa cena de ação e qual ângulo deve ser privilegiado.

Talvez o grande problema da arte seja que, com o tempo, fique repetitiva e cansativa. Ler uma HQ com o traço de Romita por mês é uma boa medida. Mas várias de uma vez podem saturar o leitor, devido ao visual "quadradão" de seus personagens.

No geral, Inimigo do Estado é uma HQ bem feita, mas sem superlativos. Trata-se de uma diversão interessante, e não exige um conhecimento grande da cronologia do herói para acompanhá-la.

Por si só, já é uma grande pedida, e lançada próxima do filme no cinema, fica melhor ainda.

 

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