Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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WOLVERINE - LOGAN

3 julho 2009


Autores: Brian K. Vaughan (roteiro), Eduardo Risso (arte) e Dean White (cores) - HQ publicada originalmente em Logan # 1, # 2 e # 3.

Preço: R$ 10,90

Número de páginas: 72

Data de lançamento: Maio de 2008

Sinopse: Wolverine resolve acertar contas com mais um pedaço de seu passado longínquo. Desta vez, ele parte para Hiroshima, no Japão, onde tentará fechar algumas cicatrizes abertas desde a Segunda Guerra Mundial.

E elas não são apenas do conflito.

Positivo/Negativo: Reúna Brian K. Vaughan, roteirista do ótimo os leões de Bagdá, e Eduardo Risso, desenhista da intrigante série 100 Balas, e o resultado só pode ser uma grande HQ, certo?

Errado!

Este Wolverine - Logan é prova de que nem sempre dois talentos são garantia de qualidade para uma HQ. A história é (mais um) remelexo no passado do mutante mais carismático dos X-Men.

As brechas deixadas no passado do personagem durante seus 35 anos de existência não param de render bobagens.

Neste especial, Vaughan praticamente faz de Wolverine um "imortal". O herói não apenas sobrevive à bomba atômica lançada em Hiroshima, como tem seu coração comido pelo seu adversário e continua firme e forte! Haja fator de cura. E de paciência pros leitores.

Não é só isso: o autor sugere que, até essa história, Logan era "virgem" e proporciona a ele sua primeira noite de amor. E basta essa suposta "estreia" para Wolverine cair de amores pela garota japonesa, que ainda solta esta pérola: "Eu aqui pensando que tinha ido pra cama com um calejado guerreiro, mas você é uma frágil boneca de porcelana, não?"...

Além disso, o roteiro é tão fraco, que logo nas primeiras páginas é fácil deduzir quem é o inimigo que Wolverine enfrentará. Não há surpresa. Nem explicações de por que o herói demorou tanto tempo para saldar essa "dívida", já que esteve dezenas de vezes no Japão anteriormente.

Nem o competente Eduardo Risso salva a edição. Sua arte está inconstante e o rosto de Wolverine muda de feições várias vezes. Salvam-se, como sempre, a narrativa e a diagramação arejada das suas páginas. Mas é pouco.

E fica um aviso ao leitor: a edição é vendida num saco plástico lacrado, pois traz como brinde uma réplica da placa do exército de Wolverine. Mas o presente não é suficiente. Este é o pior dos lançamentos da leva de bons títulos que a Panini lançou para pegar o embalo da estreia do filme solo do personagem no cinema.

 

Classificação:

4,0

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