X-MEN # 65
Título: X-MEN # 65 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: X-Men - Peter Milligan (roteiro), Roger Cruz (duas primeiras histórias) e Salvador Larroca (terceira história);
Novos X-Men - Craig Kyle, Chris Yost (roteiro) e Paco Medina (desenhos).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Maio de 2007
Sinopse: X-Men - Lorna e Alex saem em uma viagem para que ela tente se reencontrar depois de perder seus poderes, enquanto ele continua tentando fazê-la se apaixonar novamente. Ainda, em uma misteriosa esfinge, Apocalipse acorda e começa a reunir seus cavaleiros para retornar ao mundo como o Messias da raça mutante.
Novos X-Men - Depois de enterrarem os amigos, os jovens mutantes terão que lidar com seus sentimentos de perda e culpa.
Positivo/Negativo: Com a volta dos X-Men de Milligan, a revista melhora bastante, principalmente porque agora ele reuniu diversas pontas soltas que havia deixado desde que começou a escrever o título dos mutantes. Tudo indica que as coisas estavam sendo colocadas no lugar para contar a história com a volta do Apocalipse.
Verdade que o autor aparentemente ignorou aquela história dos Doze Mutantes reunidos e a essência de Apocalipse ter sido passada para o corpo de Ciclope e depois desaparecido, pois a mente do herói foi mais poderosa, vencendo "definitivamente" o vilão. Mas a cronologia é algo que tem se mostrado bem "flexível" e os mortos nunca ficam mortos mesmo. Então, para que se preocupar?
Se for uma boa história, que volte o Apocalipse. E, até o momento, com a seleção dos novos cavaleiros, a revista promete bastante.
Antes da ascensão do novo autoproclamado Messias da raça mutante, Polaris e Destructor protagonizam uma história um pouco sem graça, que acaba de forma misteriosa com a explosão da criatura recém-chegada do espaço que desaparece com Lorna e a Rainha Leprosa, líder de um grupo antimutante.
Mas, para quem lia X-Táticos esta HQ tem algo a mais. A misteriosa criatura é muito parecida com Doop, o cameraman do grupo, inclusive fala como ele. Olhando a seção de biografias do site da Marvel, essa nova criatura pode ser o próprio Doop e Lorna ouviu errado seu nome, entendendo Daap. Ou simplesmente ser um novo personagem.
De qualquer forma, é uma oportunidade para o leitor tirar o pó do tradutor de fonemas do Doop e ler algumas falas codificadas.
Sobre os desenhos, as duas primeiras edições feitas por Roger Cruz até estão legais, mas, em algumas cenas, ele exagera na estilização e dá aos personagens bocas gigantescas.
Já a terceira parte prova que Larroca não é um desenhista ruim, apenas mal acompanhado. Ele mesmo arte-finalizou a edição e arranjaram um colorista decente para completar o trabalho. Assim, o desenho ficou legal, principalmente as cenas dentro da esfinge de Apocalipse.
Novos X-Men tem uma edição em que os personagens ficam se culpando pela morte dos amigos. Não é uma história ruim, é até necessária para a morte de 42 crianças não passar em branco, mas, ainda assim, é o tipo de recurso narrativo que volta e meia é usado e já perdeu seu efeito.
Pelo menos, Paco Medina está fazendo um bom trabalho na arte. Ele mantém seu estilo estilizado, mas está controlando melhor as proporções, que eram o seu maior problema.
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