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X-Men # 8 – Abril – Premium

16 março 2001

X-Men Premium # 8Editora: Editora Abril – Revista mensal

Autores: X-Men – Joe Pruett (Texto), Brett Booth (Lápis), Sal Regla (Nanquim), Marie Javins & Jessica Ruffner (Cores); Wolverine – Erik Larsen (Texto), Leinil Francis Yu (Lápis), Dexter Vines (Nanquim), Marie Javins (Cores); Cable – Joe Pruett (Texto), Rob Liefeld & Bernard Chang (Lápis), Larry Stucker, Dan Fraga & Jon Holdredge (Nanquim), Optic Studio & Gloria Vasquez (Cores); Bishop – Joseph Harris (Texto), Georges Jeanty (Lápis), Art Thibert e Allen Martinez (Nanquim), Jason Wright (Cores); X-Men, Anos Incríveis - John Byrne (Texto e lápis), Tom Palmer (Nanquim) e Gregory Wright (Cores)

Preço: R$ 9,90

Data de lançamento: Março de 2001

Sinopse

X-Men - Depois da tempestade, vem a calmaria, certo? Nem tanto. Os X-Men voltam para casa, depois de sua “pseudovitória” no combate com os Skrulls, ainda abalados com a revelação de que Wolverine não morrera, mas teve um destino pior, ao ser transformado em Morte. Noturno, Vampira, Fênix, cada um dos X-Men mergulha em recordações do seu passado e trazem à tona fatos novos (alguns já conhecidos) sobre sua convivência com Logan.

Enquanto isso, Ciclope, Tempestade e Xavier formam um conselho de guerra, para decidir a melhor forma de confrontar a pessoa que transformou Wolverine em seu inimigo e, se possível, salvá-lo.

Depois da verdade revelada, ainda existiam algumas lacunas a serem preenchidas, entre o rapto de Wolverine pelos Skrulls e sua transformação em Morte. Isso é revelado logo na seqüência da história dos X-Men. Nela, descobrimos quando os Skrulls seqüestraram Logan, e qual era sua intenção, além do motivo pelo qual Dentes-de-Sabre parece tão debilitado ao enfrentar Gambit (X-Men #5), e os reais objetivos de Wolvie ao aceitar passar por essa transformação.

Paralelamente, Morte enfrenta o Hulk e, finalmente, depois de muita espera, Wolverine volta a desembainhar suas famosas garras de adamantium! Além disso, o responsável pela sua transformação de Wolverine é revelado. Prólogo direto da “Saga dos Doze”, com início no próximo mês.

Cable - Caliban volta, depois de meses desaparecido (obs: ver Especial do Mês #1 – Agosto de 1999), aportando em São Francisco com um objetivo claro: eliminar Cable. Coincidentemente ou não, Cable está, nesse momento, visitando a X-Force, em uma espécie de despedida antes da batalha que virá.

Caliban enfrenta a X-Force e Cable, e acaba fugindo, atraindo-os a uma armadilha. Lá, ele revela não ser mais Caliban, mas Pestilência, um dos Cavaleiros do Apocalipse. Encurralados na armadilha armada por Caliban e Guerra, outro dos Cavaleiros do Apocalipse, a X-Force e Cable parecem não ter escapatória. Mais um prólogo para a tão esperada “Saga dos Doze”.

Bishop - Bishop confronta o exército de Fitzroy. O mutante e seus aliados sofrem uma tremenda derrota, quando sua vila é devastada, e a maioria de seus habitantes assassinados. No entanto, esse acontecimento torna seu desejo de vingança contra Fitzroy ainda mais forte e, no meio da devastação pós-batalha, Bishop cria seu próprio grupo de X-Men.

X-Men, Anos Incríveis - No passado dos X-Men, Ciclope e Fera se aventuram pelo chamado Paraíso, enquanto procuram Jean Grey. Anjo, por sua vez, após se recuperar dos ferimentos causados por uma colisão contra uma montanha, é acolhido por nativos deste local, e descobre mais sobre o lugar e a raça que ali habita.

Destrutor e Lorna Dane (aqui assumindo o nome de Magnetrix) encontram-se com Kazar e partem com ele em busca dos X-Men desaparecidos. Enquanto isso, Jean, já recuperada de seus ferimentos, empreende sua própria investigação no Paraíso e descobre a verdade sobre o “fantasma” de Magneto.

Positivo/Negativo

A história dos X-Men é um tanto quanto repetitiva. Joe Pruett perde o rumo quando começa a contar as impressões que cada um tem de Wolverine, e acaba desviando-se do que deveria ser o foco principal da história, ou seja, mostrar o que os mutantes fariam em represália ao que aconteceu com Logan.

Mesmo assim, é uma história interessante, até para conhecermos mais do passado de Wolverine, e as diferentes visões que seus parceiros tem dele. A arte de Brett Booth já esteve melhor, mas ainda assim é competente.

Erik Larsen, por sua vez, consegue juntar de forma competente as amarras soltas entre a volta dos X-Men do planeta dos Skrulls e a revelação de que Wolverine era, na verdade, um alienígena dessa raça. Destaque para os confrontos entre Morte e Hulk e Wolverine e Dentes-de-Sabre. E para a arte de Leinil Francis Yu, cada dia melhor.

Cable caiu mesmo de nível desde que Joe Casey abandonou seus roteiros. Joe Pruett até que consegue fazer uma historinha “quase legal”, mas não passa disso. De interessante mesmo, apenas uma pequena surpresa na identidade de Guerra. Agora, os problemas: Em primeiro lugar a arte de Liefeld e Chang, muito inferior aos demais desenhistas dessa edição. Fico pensando como esses dois, em especial Liefeld, ainda conseguem emprego na Marvel pré-Quesada.

Segundo: O pessoal do Optic Studio conseguiu errar a cor do Mancha Solar, colorindo-o de branco quando, todos sabemos, ele é negro.

Terceiro: Continuidade. Na última página da história de Liefeld, os membros da X-Force estão com roupas normais. Na primeira página da história desenhada por Chang (que começa um minuto depois), eles já estão em roupas de combate, como que surgidas do nada.

Finalmente, temos a pisada na bola da Abril, que não se preocupou em substituir as cenas que aparecem no resumo da vida de Cable pelas similares brasileiras, traduzidas. Será que eles pensaram que ninguém ia notar que os balões e recordatórios ali estão em inglês?

Bishop continua com histórias no mesmo nível e, pelo que parece, suas aventuras devem “dar um tempo” durante a “Saga dos Doze”.

Finalmente, Anos Incríveis melhora a cada edição, com Mr. Byrne relembrando alguns de seus melhores momentos na Marvel.

Classificação

3,5

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