X-MEN ANUAL # 2
Título: X-MEN ANUAL # 2 (Panini
Comics) - Edição especial
Autores: Jeff Parker (roteiro) e Roger Cruz (desenhos).
Preço: R$ 19,90
Número de páginas: 192
Data de lançamento: Agosto de 2007
Sinopse: O álbum traz oito histórias fechadas mostrando novas aventuras da primeira turma de mutantes da Marvel. As tramas se passam em algum ponto do começo da carreira dos personagens, quando o grupo composto por Ciclope, Garota Marvel, Homem de Gelo, Anjo e Fera era treinado pelo Professor Xavier.
Os jovens ainda estavam se conhecendo, aprendendo a controlar seus poderes para ajudar a humanidade a entender melhor os mutantes.
Positivo/Negativo: Além das inúmeras mudanças pelas quais os X-Men já passaram, tantas coisas foram inseridas no passado dos personagens que é difícil encarar na boa essas histórias passadas no começo da carreira deles. Hoje é tido como certo que o Xavier é um canalha, que Ciclope e Jean não nasceram um para o outro e que todos traíram o grupo em um momento ou outro.
O número de personagens mutantes cresceu tanto e gerou diversas equipes. Por isso, muitas vezes os fãs esquecem que tudo saiu de um grupo compacto e muito coeso de alunos em uma escola para jovens superdotados.
As histórias precisariam evoluir? Provavelmente. Mas X-Men First Class mostra que o conceito original funcionava muito bem, o que ocorre ainda hoje com a dose certa criatividade.
Nesta edição há histórias excelentes, simples, todas de uma edição só e extremamente divertidas. Mesmo sendo um especial de quase 200 páginas, é uma leitura agradável que retoma de forma até inocente muito da história da Marvel.
Nenhuma das aventuras merece destaque especial, tampouco é genial. Mas todas são, em sua simplicidade, quase uma novidade para os leitores que há tempos vêem as mesmas tramas cada vez mais complexas e pretensiosas.
Claro que não se deve desistir do caminho que seguido até hoje e recomeçar do zero, isso é bobagem. Mas, de tempos em tempos, é bom ler uma edição como esta, que não está atrelada a nada e não tem implicações, pois ajuda a renovar o gosto do leitor pelo gênero super-heróis.
Além disso, a edição conta com a arte de Roger Cruz para ficar ainda melhor. O traço do artista está bem diferente dos trabalhos publicados recentemente no Brasil.
Aqui, Cruz está bem mais apurado, com um desenho refinado. Ele reduziu um pouco suas estilizações, que muitas vezes criavam algumas discrepâncias, e mostrou um traço maduro e condizente com a proposta retrô da revista.
O desenho é leve e a narrativa bem fluida, combinando com o texto para fazer desta edição algo agradável de se ler.
Deixe seu preconceito de lado, esqueça tudo que leu de X-Men nos últimos anos, relaxe e divirta-se com as histórias, pois são algo difícil de encontrar atualmente.
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