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Reviews

X-MEN EXTRA # 48

1 dezembro 2006


Título: X-MEN EXTRA # 48 (Panini
Comics
) - Revista mensal
Autores: Os Surpreendentes X-Men - Joss Whedon (roteiro) e John Cassaday (desenhos);

Excalibur - Chris Claremont (roteiro) e Aaron Lopresti (desenhos);

X-Táticos - Peter Milligan (roteiro)e Mike Allred (arte);

Exilados - Tony Bedard (roteiro) e Mizuki Sakakibara (arte).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Dezembro 2005

Sinopse: Os Surpreendentes X-Men - A milagrosa "cura" da doutora Rao atrai mutantes de todo o mundo aos Laboratórios Benetech e ameaça dividir os próprios X-Men. Mas há um segredo sórdido por trás desse milagre...

Excalibur - Velhos inimigos voltam para atacar Genosha e impedir os planos de reconstrução de Xavier e Magneto.

X-Táticos - A batalha que todos esperavam... Dup versus Thor!

Exilados - Para resgatar a impetuosa Namora, Blink e sua turma enfrentam o Quarteto Fantástico.

Positivo/Negativo: Joss Whedon realmente é uma boa surpresa. Nesta edição de Os Surpreendentes X-Men, ele mostrou que os quadrinhos não são mais ingênuos como na época de Stan Lee, quando o garoto que a Kitty tenta convencer de que ficará tudo bem pergunta se ela é retardada.

O autor ainda soube colocar um pouco de ação com a briga entre Wolverine e Fera para não deixar a revista cansativa. Além de deixar um suspense para a próxima edição, sobre quem é o mutante que está sendo usado de cobaia.

Outro fato que chama atenção é que ele tem usado uma linguagem cinematográfica de forma muito funcional. Parte do mérito disso cabe ao traço realista e a narrativa bem feita de John Cassaday. Um exemplo desses recursos é o de cortar um diálogo e continuar com uma fala de outro personagem em outra cena, como na página 16 com a pergunta da assistente do Fury e a resposta vinda do Fera em outro contexto.

Tirando o fato que Magneto e Xavier estão parecendo um casal gay e que até agora não foi explicado direito o que aconteceu com Erik para ele ter passado do terrível mestre do magnetismo para colega de quarto do Profesor X, Excalibur poderia até ser uma boa revista.

Se você ignorar o começo e ler na página 38 terá uma aventura aceitável que até pode deixá-lo com vontade de comprar a edição seguinte. É fato que Chris Claremont tem feito trabalhos muito ruins ultimamente, mas com uma ajuda da bela arte de Aaron Lopresti, Excalibur tem chances de ser um título aceitável e, quem sabe, uma leitura divertida, bem diferente do extinto Extreme X-Men ou Os Fabulosos X-Men, publicados atualmente na revista X-Men.

Cabe uma observação que deveria ter sido feita pelo editor nacional, ou pelo norte-americano, para explicar a citação feita ao Pavlov duas vezes por Magneto falando do comportamento de Xavier.

O Dr. Ivan Petrovich Pavlov (1849-1936), vencedor do Prêmio Nobel de Medicina no ano de 1904, teorizou e enunciou o mecanismo do condicionamento clássico, até hoje muito relevante para a psicologia comportamental.

Ainda falando de citações, Claremont exagera um pouco quando fala que o Titã Prometeu era despedaçado por uma águia e ressuscitava apenas para morrer novamente. Segundo a mitologia grega ele era um imortal e a águia, ou nas versões mais comuns um abutre, devorava seu fígado todos os dias e o órgão se regenerava, devido à sua imortalidade.

Na luta final entre os X-Táticos e os Poderosos Vingadores, Milligan continua tirando sarro dos crossovers entre super-heróis e dos finais melosos, em que depois de toda a briga entre os dois grupos eles ficam se elogiando mutuamente.

Algo interessante é o Dup falando normalmente sem os símbolos, o que foi uma boa sacada do roteirista, pois traduzir todos aqueles balões longos fica cansativo uma hora ou outra.

Exilados começa e se repetir um pouco. Parece que sempre a história do meio de um arco é igual, com os personagens brigando com os heróis da realidade onde estão até que estes entendem que eles vieram para ajudar.

Em vez de ler isso, é melhor ficar com as piadas sobre essa fórmula de história em X-Táticos. Os desenhos também não estão ajudando. Mizuki Sakakibara não consegue manter uma arte constante, deformando demais os personagens de uma cena para outra, principalmente as faces.

 

Classificação:

4,0

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