X-MEN EXTRA # 52
Título: X-MEN EXTRA # 52 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Os Surpreendentes X-Men - Joss Whedon (roteiro)
e John Cassaday (desenhos);
Excalibur - Chris Claremont (roteiro) e Aaron Lopresti (desenhos);
Exilados - Tony Bedard (roteiro) e Mizuki Sakakibara (arte).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Abril de 2006
Sinopse: Os Surpreendentes X-Men unem-se ao Quarteto Fantástico
para enfrentar um gigantesco monstro em Manhattan, sem saber que, no Instituto
Xavier, um perigo muito maior está à espreita...
Excalibur - Que terrível predador poderia eliminar uma tropa inteira
de magistrados e derrotar o Fera Negro?
Exilados - Mímico versus Mímico.
Positivo/Negativo: Esta edição funcionou como um bom epílogo do
primeiro arco de Os Surpreendentes X-Men. Não que tenha amarrado
as pontas soltas, mas destacou todos os elementos trabalhados: a obrigatoriedade
de um romance entre Kitty e o Colossus; a idéia da equipe ser um grupo
de heróis como todos os outros; o garoto que perdeu os poderes e a organização
E.S.P.A.D.A.
O melhor questionamento, sem dúvida, é em cima do Asa, que perdeu os poderes
e seu lugar no mundo. Ele continua sendo um mutante, portanto não é bem
visto entre os humanos, mas sem seus dons sofre um preconceito dos mutantes.
Uma crítica deve ser feita a Joss Whedon por fechar a história com o Ciclope
falando da manipulação da TV. Se qualquer outro roteirista fizesse esse
discurso seria até aclamado, mas vindo dele, que sempre trabalhou para
televisão, parece algo de alguém descontente cuspindo no prato que comeu.
A arte de John Cassaday nem precisa de comentários. Fria, cruel, detalhista,
simplesmente excelente.
Se você acordasse hoje depois de ter passado os últimos 25 anos congelado
e recebesse essas duas edições de Excalibur para ler, até gostaria.
Na verdade, se as colocasse lado a lado com qualquer revista da década
de 1980, provavelmente não saberia distingui-las.
Uma arte tradicional, boa, mas sem um diferencial, com uma narrativa visual
sem um pingo de ousadia e muito, muito texto. Pode-se destacar dois exemplos
que marcam essa cara retrô da revista: a página 34 com o texto "O que
fiz com minha vida...?" grafado em uma sombra em letras gigantescas, muito
característico das capas dos anos 80; e recordatórios como o dá página
30 "E, no raio de um quilômetro cada ser vivo dotado de sistema nervoso...
certamente todos os que possuíam cérebro..." (grifo nosso na redundância
desnecessária).
Não que se esteja desmerecendo os quadrinhos da década de 1980, mas é
preciso dizer que muita coisa neles não funciona mais hoje, principalmente
a pouca integração entre o texto e a imagem. E são exatamente os piores
elementos dessas HQs que Claremont continua usando para estragar as boas
idéias que eventualmente tem.
Quanto à história, não há muito que falar. Aparentemente, o massacre em
Genosha não foi tão grave assim, já que personagens que nem deveriam existir
mais, como o Homem Doce e o Fera Negro, ficaram vivos.
Exilados têm outra daquelas aventuras que divertem e nada mais,
se bem que comparado com Excalibur isso já é mais que suficiente.
O final não precisava ser tão piegas, mas a forma como Calvin venceu o
outro Mímico foi interessante.
Classificação: