X-MEN EXTRA # 54
Título: X-MEN EXTRA # 54 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Os Surpreendentes X-Men - Joss Whedon (roteiro) e John Cassaday (desenhos);
Excalibur - Chris Claremont (roteiro) e Cliff Richards (desenhos);
Fogo e Sombras - Akira Yoshida e Paul Smith (narradores);
Exilados - Tony Bedard (roteiro) e Jim Calafiore (arte).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Junho de 2006
Sinopse: Os Surpreendentes X-Men - Durante anos, Ciclope e seus companheiros enfrentaram os desafios da Sala de Perigo. Agora, eles precisam derrotar a própria Sala de Perigo.
Excalibur - Excalibur contra os Armeiros em Zanzibar.
Fogo e Sombras - Kitty Pryde contra os ninjas da Trilha do Destino.
Exilados - Os Exilados tentam impedir que a Terra se transforme num aliado de Ego, o Planeta Vivo.
Positivo/Negativo: Quando a Marvel escolheu o nome para a revista que deu nas mãos de Whedon, não poderia estar mais certa: o título surpreende o leitor a cada edição. A idéia da Sala de Perigo adquirir consciência e se voltar contra os X-Men elaborando um plano que deixa todos confusos e os força a libertá-la é muito boa.
A trama segue num ritmo alucinante. Todos ficam preocupados e agem sem pensar para poder soltar os alunos, enquanto Kitty precisa lutar do lado de dentro para convencer a Sala a não matar todo mundo e ainda arranjar um jeito de dizer para seus amigos que eles estão fazendo exatamente o que sua adversária quer.
Como sempre, o desenho de Cassaday está excelente, com cenas intensas e detalhadas. Também está ótima a capa da edição, com o impacto necessário para dizer o que esperar da história.
Excalibur ainda está confusa e sem grandes acontecimentos. Uma trama básica, vista centenas de vezes, mas que acaba se salvando pela boa utilização de Callisto. Mesmo com Xavier e Magneto sendo o centro da história.
Callisto sempre foi uma líder e passou por tantas coisa, que se sente quase indestrutível, algo que lhe dá uma grande vantagem e, ao mesmo tempo, a coloca em um enorme risco. Os desenhos de Cliff Richards são bons, apesar de um pouco sujos e com um excesso de sombreamento.
Fogo e Sombras tem se mostrado interessante. Akira Yoshida é um roteirista que sempre trabalha com tramas simples e acerta quando usa adequadamente o personagem, revelando certas sutilezas que se sobressaem à ação. Seu grande problema talvez seja querer criar um suspense. Ele tenta esconder certas coisas do leitor para surpreendê-lo, mas sua linha de raciocínio é tão óbvia, que no final não obtém sucesso.
O desenho de Paul Smith ajuda bastante. Um traço simples, sintético, limpo e funcional, com uma colorização suave e bem aplicada. Mais do que suficiente para deixar a história agradável.
Exilados tem uma aventura sem graça. Com uma complexa trama cósmica que se resolve de forma abrupta, a história não tem mais aquele frescor e divertimento que a série costumava ter. O desenho de Jim Calafiore continua mediano. Cumpre seu papel, mas poderia ser melhor.
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