X-MEN EXTRA # 68
Título: X-MEN EXTRA # 68 (Panini
Comics) - Revista mensal
Surpreendentes X-Men - Joss Whedom (roteiro) e John Cassaday (desenhos);
Exilados - Tony Bedard (roteiro), Jim Calafiore (arte da primeira história) e Paul Pelletier (desenhos da segunda história);
Novo Excalibur - Chris Claremont, Christopher Yost (roteiro) e Michael Ryan (desenhos).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Agosto de 2007
Sinopse: Surpreendentes X-Men - Emma mexe com a cabeça de Ciclope, trazendo à tona antigos traumas que podem estar relacionados à incapacidade dele de controlar seu poder
Exilados - Depois de lidar com Deadpool e curar o Mímico, o grupo quer enviar o Bico de volta para a casa, mas a realidade dele está fora de sintonia. Quando o levam até lá, descobrem que o mundo mudou e eles estão dentro da Dinastia M.
Novo Excalibur - Uma divertida noite assistindo Cristal cantar em um pequeno clube acaba se complicado quando o grupo é convocado para resolver um problema que surgiu com o Charles Xavier maligno.
Positivo/Negativo: X-Men Extra virou uma revista fora de sintonia com o restante dos títulos. Surpreendentes X-Men se passa em algum período indefinido antes da Dinastia M, Exilados somente agora tem sua história ligada a série e Novo Excalibur, o único em dia, rola na Inglaterra, longe dos eventos da Guerra Civil e da Dizimação.
Apesar de isso ficar claro para o leitor que acompanha todos os títulos da editora, é confuso para quem lê somente X-Men Extra e fica tentando "pescar" as informações do que está acontecendo com base do que foi mostrado no título, que já trouxe, inclusive, histórias posteriores à Dinastia M e ligadas à Dizimação (evento mutante que sucede a Dinastia).
Mesmo assim, Surpreendentes X-Men ainda agrada. Primeiro pelos desenhos fantásticos. Segundo por algumas sacadas, como o romance entre Kitty e Colossus e as idéias que Emma lança sobre a escolha de Ciclope como líder dos X-Men. Não espere uma trama tão empolgante quanto o primeiro arco, mas, mesmo assim, a revista diverte e faz pensar um pouco.
Exilados está num clima de "ver aonde vai". Com a conclusão do arco mostrando o retorno do Mímico, agora com o poder de cura do Deadpool e as cicatrizes iguais às do mercenário, fica faltando decidir exatamente qual será a finalidade do grupo.
Infelizmente, devido a uma história ligada à Dinastia M, em que os heróis tentam devolver o Bico para a sua realidade, essa definição do título fica suspensa mais um pouco.
Vale dizer que a mudança de artista fez bem para a revista. Apesar de Paul Pelletier ser um desenhista com um traço comum, o visual ficou melhor do que vinha o feito por Jim Calafiore.
Outra mudança feita em boa hora foi a substituição nos roteiros de Novo Excalibur. Para quem não acompanha as notícias, Chris Claremont ficou doente no ano passado e se afastou do trabalho. Essa ausência foi gradual: na HQ da edição passada, ele já não tinha feito os diálogos e nesta deixou o roteiro completo com Christopher Yost, fazendo, talvez, apenas o argumento ou umas diretrizes gerais.
É triste um roteirista que já produziu tantas coisas boas deixar a carreira por motivo de doença, mas, como todo leitor sabe, Claremont não fazia uma boa revista há tempos, se tornando um patente exemplo de alguém que não soube sair no auge.
Não espere que esta edição já seja algo muito diferente. As idéias fracas ainda são as mesmas, principalmente a história envolvendo Psylocke e o Rei das Sombras, mas o texto flui mais naturalmente. A narrativa de Yost é leve e ágil, como se tornaram a maioria dos roteiros atuais.
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