X-MEN EXTRA # 77
Título: X-MEN EXTRA # 77 (Panini
Comics) - Revista mensal
Surpreendentes X-Men - Joss Whedon (roteiro) e John Cassaday (desenhos);
Exilados - Tony Bedard (roteiro) e Paul Pelletier (desenhos);
Excalibur - Chris Claremont (roteiro) e Scot Eaton (desenhos).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Maio de 2008
Sinopse: Surpreendentes X-Men - Depois de uma atribulada viagem, os X-Men chegam ao Grimamundo, mas enfrentarão muita resistência antes de descobrir como a profecia diz que Colossus destruirá aquele planeta.
Exilados - O próximo passo de Proteus é no futuro em que Hulk se tornou o Maestro. Lá, novamente, os Exilados tentarão detê-lo antes que fique mais poderoso.
Excalibur - Conheça a história de Albion e como ela se liga com a Tropa dos Capitães Britânia.
Positivo/Negativo: X-Men Extra é ótima para se observar o contraste entre uma HQ de super-heróis bem feita, como Surpreendentes X-Men, e outras fracas, sem consistência alguma, apoiadas num punhado de clichês e fórmulas narrativas gastas, como é o restante do mix.
Surpreendentes X-Men não tem nada de extraordinário, só uma dupla competente no comando. O roteiro de Whedom não é revolucionário, apenas se detém numa trama bem construída, com um ritmo narrativo que prende o leitor. Essas características deveriam ser exigências mínimas em qualquer história, seja ela em quadrinhos, em livros, filmes ou séries de TV.
O desenho de Cassaday também não é fora do comum. Ele tem um estilo particular, desenvolvido ao longo do tempo. É uma arte leve, maleável e que atrai os leitores. Rapidamente, as séries que levam seus traços ganham uma identidade visual chamativa, que complementa as histórias.
O restante da revista é perda de tempo. Se Excalibur tinha alguma chance de melhorar, isso acabou com a volta de Claremont. Ele está desenvolvendo um longo e tortuoso arco envolvendo uma cópia maligna do Capitão Britânia liderando versões sadomasoquistas dos X-Men. Nada salva algo assim.
Exilados também está numa fase que se estica muito mais do que deveria. A nova fórmula é retomar realidades paralelas famosas da editora. A do momento é o Futuro Imperfeito, um mundo dominado pelo Hulk, que no momento se chama Maestro. Ela foi publicada em 1993, numa minissérie do Hulk escrita em Peter David com arte de George Pérez que fez muito sucesso e é lembrada pelos fãs até hoje.
Entretanto, nem a nostalgia e nem o confronto do Hulk 2099 com o Maestro conseguem alavancar as duas histórias dos Exilados, que ficam empacadas no interminável confronto com Proteus.
Para não dizer que nada se salva, a segunda aventura tem uma construção razoável: começa contando o passado do Morfo e no final ele tem o corpo possuído por Proteus.
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