X-MEN EXTRA # 78
Título: X-MEN EXTRA # 78 (Panini
Comics) - Revista mensal
Surpreendentes X-Men - Joss Whedon (roteiro) e John Cassaday (desenhos);
Exilados - Tony Bedard (roteiro) e Jim Calafiore (desenhos);
Excalibur - Chris Claremont (roteiro) e Scot Eaton (desenhos).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Junho de 2008
Sinopse: Surpreendentes X-Men - O grupo se espalha pelo Grimamundo e descobre que está acontecendo muito mais naquele planeta do que uma simples profecia de que Colossus destruíra o mundo.
Exilados - Proteus se apoderou do corpo de Morfo e pretende voltar para realidade dele, mas Heather faz uma manobra e o envia para o mundo de Heróis Renascem. Agora, os Exilados terão uma última chance para detê-lo antes que fique realmente invencível.
Excalibur - Noturna está se recuperando lentamente do seu derrame. Enquanto isso, Albion e Coração de Leão formam uma aliança com os X-Men Sombrios.
Positivo/Negativo: Surpreendentes X-Men é muito interessante. Tem um ritmo televisivo, tanto no roteiro quanto na arte, mas ainda é uma história em quadrinhos. Mais importante que isso, ainda é a melhor trama dos X-Men do momento.
Além da arte espetacular de Cassaday, a revista tem tudo de que precisa: ação, romance, suspense e humor, na medida e no ritmo certo. A cena de Scott e Emma na nave, um de costas para o outro, é uma bela sacada. A evolução do esperado romance entre Colossus e Kitty Pride no meio dessa confusão também gera outro diálogo incrível.
Enfim, Surpreendentes X-Men carrega o mix nas costas, pois as outras três histórias são péssimas.
Exilados tentou se sustentar com a graça das viagens por realidades alternativas, mostrar como cada mundo pode ser diferente com uma só mudança. Quando isso cansou, tentaram levantar a revista com essa fase chamada Turnê Mundial, revisitando realidades alternativas clássicas da Marvel.
O problema é que para isso inventaram um vilão tão poderoso, que não há como derrotá-lo. Como se não bastasse, a cada edição ele ficava mais poderoso até conseguir um corpo que não precisaria mais trocar, eliminando sua principal fraqueza. Neste número, acharam uma solução bem paliativa para o problema.
Fora isso, a viagem pelo universo de Heróis Renascem, colocado como uma contra-Terra sem os heróis tradicionais, contradiz completamente o especial de dez anos da série publicado em Marvel Apresenta # 36.
Jim Calafiore também não ajuda. O traço é muito ruim. As estilizações não funcionam, parece um desenho desleixado, amador. É vergonhoso uma revista de uma editora gigantesca publicar um trabalho como este.
É diferente, por exemplo, de um artista como Chris Bachalo, que faz um desenho também confuso em X-Men. Só que ele tem um traço bem acabado e opta por fazer uma arte caótica. Aqui, Calafiore tropeça nos elementos básicos.
Para completar o mix sofrível, Excalibur.
Pode-se supor que Chris Claremont tenha acompanhado alguém que passou por um derrame ou uma doença parecida, com uma recuperação difícil. Aliás, o próprio roteirista reduziu seu ritmo de trabalho por problemas cardíaco tempos atrás.
Mas querer reproduzir essas experiências num gibi de superseres, que se divide entre a recuperação da personagem e lutas com versões sadomasoquistas de heróis clássicos, é bizarro demais.
A revista já era ruim antes. Agora, ela simplesmente não combina. Claremont tenta fazer algo sensível, mas logo em seguida vêm os X-Men Sombrios, que se revelam liderados pelo rei das Sombras no corpo do Xavier maligno.
Não tem como afundar mais esse título.
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