Y – O ÚLTIMO HOMEM - EXTINÇÃO
Editora: Panini Comics - Edição especial
Autores: Brian K. Vaughan (roteiro), Pia Guerra (desenhos), José Marzan Jr. (arte-final) e Pamela Rambo (cores) - Publicado originalmente em Y - The last man # 1 a # 5.
Preço: R$ 16,90
Número de páginas: 128
Data de lançamento: Setembro de 2010
Sinopse
Todos os homens e portadores do cromossomo Y estão mortos por uma causa desconhecida, com exceção de Yorick Brown e seu macaco Ampersand.
Positivo/Negativo
O bom roteirista Brian K. Vaughan não é genial. Nenhum de seus trabalhos é. Mas ele é muito competente e escreve algumas das leituras mais interessantes da grande indústria dos quadrinhos.
Vaughan não teve rasgos de brilho que Neil Gaiman, Alan Moore ou Warren Ellis alcançaram em trabalhos como Sandman, Watchmen e Transmetropolitan, respectivamente. Contudo, seus Os leões de Bagdá, Ex Machina e Fugitivos partem de premissas interessantes e são conduzidas por meio de ações bem pensadas, personagens cativantes, bons diálogos e roteiros cheios de ganchos.
E este Y é a sua melhor produção, lado a lado com Ex Machina. Yorick é um herói fraco, de algumas atitudes equivocadas e muito boa intenção. É um jovem apaixonado que estuda a arte da fuga. Uma combinação que torna o personagem bastante carismático.
Yorick está envolvido em uma grande questão, que é a pergunta da série: o que matou todos os homens (e machos) do mundo? A cada arco, novas pequenas questões são apresentadas. E este volume já deixa pronta a entrada para o próximo.
Cada momento da história é interrompido para a criação de tensão, que será retomada em momento propício. Basta que o leitor atente para a quantidade de textos que indicam que alguma cena aconteceu anteriormente à outra.
Essa máquina narrativa de Vaughan é a mesma usada por roteiristas de séries de TV. Não é à toa, que ele foi parte do time de roteiristas de Lost.
Y tem a cara de um seriado dos anos 1970, no qual um personagem anda pelos Estados Unidos, cumprindo determinados objetivos. A arte de Pia Guerra é muito eficiente, retratando bem as cenas de ação e dando o movimento necessário à trama.
Vale avisar o leitor que este mesmo arco de histórias já foi publicado no Brasil outras duas vezes: em uma edição descuidada da Opera Graphica e pela Pixel nos números # 16, # 17, <a "href="http://www.universohq.com/quadrinhos/2008/review_Pixelmagazine18.cfm""># 18 e # 19 da extinta Pixel Magazine.
A edição da Panini é correta, bem cuidada e com preço acessível. Mas podia ter um pouco mais de notas para dar conta das diversas referências suscitadas pelo texto.
Essa é uma compra certeira para os leitores que gostam do selo Vertigo.
Classificação: