Este é o penúltimo volume da saga de Yorick. A próxima coletânea reunirá os seis números derradeiros da série.

Os quatro capítulos de Pátria-Mãe apresentam uma série de encaminhamentos para a conclusão da história dos personagens e todos parecem convergir para Paris.

Além disso, é apresentada uma teoria para a destruição dos cromossomos Y.
Esse era um dos grandes mistérios da série, mas há dúvidas se ele foi realmente solucionado aqui.

A própria doutora Mann aponta as falhas da quase mística teoria. Parece que a revelação, se houver, da causa das mortes ficará realmente para o último volume.

Há uma série de tramas que se resolvem e se encaminham em Pátria-Mãe. Entretanto, detalhá-las pode estragar o prazer de leitura. Basta dizer que os diálogos e o enredo mantêm o padrão da série, embora as surpresas e reviravoltas não tenham o mesmo impacto de episódios anteriores.

Mais interessantes são as outras duas histórias, que funcionam como uma espécie de spin off e interlúdio para a trama principal. Ambas apresentam o destino de personagens já vistas antes, embora em passagens rápidas e de pouco destaque.

Em A obituarista o leitor revê Waverly, a coletora de corpos que tinha sido a primeira mulher a se encontrar com o sobrevivente Yorick, ainda no primeiro volume da série.

A trama apresenta um pouco do que se tornou a vida de Waverly. A ex-modelo mostra-se uma excelente empreendedora. O destaque é o funeral da senadora Jennifer Brown, mãe do protagonista, mas é uma cena pequena, que acontece num beco, que acaba levantando uma nova esperança para o destino da Humanidade.

Cayce e Henrietta eram as produtoras de teatro que apareceram no terceiro volume da série. Tragicomédia mostra os revezes que a dupla sofre ao tentar investir no mercado cinematográfico.

Procurando por uma nova forma de expressão artística, que possua grande alcance de público e boas chances de retorno financeiro, as duas acabam aventurando-se nos quadrinhos. O resultado é uma história divertida e com uma divertida brincadeira de metalinguagem.

Em uma avaliação geral, as histórias deste volume apresentam boa qualidade em roteiro e desenho, mantendo a média da série, mas percebe-se também um certo cansaço.

Vem em boa hora o fim da longa viagem de Yorick.