Nesta segunda parte do arco que trouxe de volta o vilão mutante Skull, a trama reincorpora o bangue-bangue clássico que saíra de cena na edição anterior.

Skull exerce um protagonismo velado, supostamente responsável pelos eventos que resultaram no atentado a Zagor na penitenciária de Hellgate e no surto psicótico que desencadeou o conflito entre sua escolta militar e os índios Munsee.

No entanto, ele aparece somente nas cenas em que entra na carroça-prisão e em dois momentos cruciais que levam o leitor - e Zagor - a crer na atuação do vilão nesses acontecimentos intrigantes.

Da noite que antecede a partida dos personagens para Washington até a captura do Espírito da Machadinha pelos índios, passando pelo mal-entendido que culminou no tiroteio entre os soldados da escolta e os Munsees, a HQ é movida por suspense e tensão psicológica muito bem engendrados pelo roteirista Moreno Burattini, que deixa no ar a incerteza sobre se tudo o que está acontecendo é fruto do acaso ou da manipulação mental do prisioneiro mutante.

Mas são as trocas de tiros, os combates corpo a corpo e muito sangue derramado - tudo retratado pelos ótimos desenhos de Marco Verni -, que transformam a aventura em um bom e velho faroeste tradicional. Daqueles de tirar o fôlego.

E a aventura está apenas começando.