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ZAGOR # 121

1 dezembro 2011

ZAGOR # 121

Editora: Mythos - Revista mensal

Autores: Moreno Burattini (roteiro) e Marco Verni (desenhos).

Preço: R$ 7,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Abril de 2011

 

Sinopse

O homem com dois cérebros - O mutante Skull continua escondido em um rancho - cujos moradores estão mentalmente dominados por ele -, convalescendo dos ferimentos que ganhou em sua fuga.

Zagor chega até o local e, depois de descobrir que Sophie não apenas é filha de Skull, como também possui poderes mentais, agora tem que enfrentar dois poderosos mutantes.

Positivo/Negativo

A saga da volta do mutante Skull vinha em um ritmo crescente de qualidade e expectativa que, esperava-se, culminaria com um final espetacular.

Não foi o que aconteceu.

Neste último episódio do arco em quatro partes, algumas cenas de ação e os ótimos desenhos justificam a leitura até as últimas páginas, mas a história tem passagens decepcionantes.

A maior delas é a morte do vilão. Não pela morte em si, mas pela forma como ela aconteceu: lutando contra Skull no telhado da casa principal do rancho, Zagor se joga sobre ele, os dois caem no chão e o mutante morre (o herói só desmaia, claro).

Simples assim. Não houve anticlímax, pois nem ao menos teve um clímax, uma preparação para esse desfecho.

Embora as explicações para todos os eventos estranhos (e até os aparentemente normais) que aconteceram desde o encontro dos personagens na penitenciária de Hellgate até aquele momento tenham sido lógicas e habilmente amarradas, o roteirista Moreno Burattini forçou a barra quando deixou para Zagor a tarefa de explicar o que acontecera antes de tudo isso.

Munido apenas de um "achismo", o Espírito da Machadinha, sem nenhum elemento válido para justificar sua conjectura, narra a cadeia de eventos que teria levado Sophie a chegar até as autoridades de Washington e convencê-las a solicitar a ajuda de Colin Randall, o Skull.

Ele até afirma que o suposto acidente de Algernon Quandy fora uma ilusão criada por Sophie e o homem estaria, na verdade, sob efeito hipnótico, e não em coma profundo.

A história termina sem que nada disso tenha sido comprovado por testemunhas ou por um simples recordatório revelando ser aquela a verdade.

Todos em volta de Zagor aceitam as suposições como verdadeiras e o leitor chega à última página sem ao menos saber se houve mesmo um roubo de documentos governamentais dos Estados Unidos e a posterior entrega deles a espiões estrangeiros, exatamente o mote que deu início a este arco.

No último quadro da HQ, porém, uma cena macabra traz um pouco de clima de final instigante. E também pode levar alguém a crer que Skull deva voltar algum dia.

Classificação:

4,0

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