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ZAGOR # 2


Título: ZAGOR # 2 (Vecchi) - Revista mensal
Autores: Guido Nolitta (roteiro) e Gallieno Ferri (desenhos).

Preço: Cr$ 10,00 (preço da época)

Número de páginas: 128

Data de lançamento: Setembro de 1978

Sinopse: Zagor reencontra seu amigo/inimigo Guitar Jim, enquanto se vê às voltas com bandidos que parecem não ter escrúpulos para alcançar seus objetivos.

O Espírito da Machadinha terá de usar sua diplomacia de Senhor de Darkwood para impedir o sangrento confronto entre índios guerreiros e brancos belicosos, que nada têm a perder.

Cada segundo é importante e deve ser usado com astúcia, pois tudo conspira contra o sucesso de Zagor.

Positivo/Negativo: Zagor é um dos personagens mais humanistas de toda a Sergio Bonelli Editore. Amigo da verdade, defende quem estiver do lado da justiça, independentemente da cor de sua pele, o que não era comum no oeste estadunidense da primeira metade do século 19.

Só por ser inserido nesse contexto, Zagor já merece atenção e, neste número, essa filosofia de vida fica clara: ele tem que se dividir entre ajudar o (branco) amigo/inimigo Guitar Jim e salvar toda uma comunidade indígena injustamente atacada por um grupo de homens comandado por um sujeito que tem planos obscuros e usa a mentira e a traição como armas.

Esta foi a primeira aparição de Guitar Jim no Brasil. Primeiramente inimigo (mas com limites), depois indefinido entre bom e mau, ele aqui já pende mais para a galeria dos amigos de Zagor.

No entanto, a Vecchi fez uma imensa confusão na época, publicando as histórias fora de ordem: a aventura em que Zagor efetivamente conhece Guitar Jim seria lançada depois, bem como outras em que apareceu anteriormente. Esse problema (para os leitores) só seria solucionado totalmente com a edição 4 da Record, A volta de Guitar Jim, em que um texto explica, ordenadamente, as participações do personagem nas revistas brasileiras.

O texto de Nolitta é ágil, interessante, leve e bem desenvolvido. Zagor torna-se um personagem impactante, com falas poderosas, ações bem pensadas e grande carisma. Chico encarrega-se do humor sempre presente nas aventuras. Nunca teve tanta graça como nos roteiros de seu criador - para quem não sabe Nolitta é ninguém menos que Sergio Bonelli. A trama é bem conduzida, sem cair em clichês fáceis.

Ferri sempre foi um desenhista competente, e aqui estava no seu auge criativo. Seu Zagor tem uma aparência forte, é bem apessoado e heróico. O Chico definitivo é aquele saído de sua pena, roliço e simpático. Ambientes bem definidos também não são problemas para o artista.

Como curiosidade, a capa apresentava um Tex apresenta Zagor e a revista ainda não possuía correio e o frontispício é diferente do usado atualmente.

 

Classificação:

4,0

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