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ZAGOR # 43

1 dezembro 2004


Autores: Moreno Burattini (textos) e Alessandro Chiarolla (desenhos).

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Outubro de 2004

Sinopse: Rumo à África - Continuação da edição anterior. A bordo do Pride, navio do Capitão Jean Lafitte, Zagor, Chico e Digging Bill partem para a África, mais precisamente à Ilha do Esqueleto, para encontrar o tesouro ali escondido há cerca de dez anos.

Em seu encalço, Barba-de-Fogo consegue chegar antes e arma uma emboscada. Escapando do atentado, Zagor vai ao navio inimigo, explode o compartimento de munições e afunda a embarcação.

Enquanto isso, os outros sobreviventes encontram primeiro o local do tesouro e surpreendem Barba-de-Fogo em sua chegada. A batalha final é travada e os heróis saem vitoriosos.

Durante a volta para casa, entretanto, Jaques Lassalle, amigo de Zagor e um dos integrantes da expedição, resolvem abandonar o grupo às escondidas para resolver um problema relacionado a Marie Laveau, uma feiticeira inimiga comum dos dois aventureiros.

O Espírito-da-Machadinha decide voltar para iniciar a busca a Lassalle. É o mote para o começo da nova trama, a partir da próxima edição.

Positivo/Negativo: A lembrança mais óbvia que vem à mente ao ler esta edição de Zagor é o clássico literário A Ilha do Tesouro, de Robert L. Stevenson. Um leitor novato e desconhecedor do herói de Darkwood, jamais imaginaria que o Espírito-da-Machadinha é, a rigor, um personagem de faroeste. É fácil chegar a crer que ele seja um romântico aventureiro dos sete mares, sempre em busca de tesouros escondidos e lutando contra piratas e outros perigos dos oceanos.

E aí está a razão de seu sucesso. Zagor trilha os mais diversos gêneros com grande desenvoltura, nunca deixando no ar a sensação de "estranho no ninho". O fantástico e o inusitado fazem parte de suas aventuras com a freqüência de um batimento cardíaco. Os fãs já se acostumaram a se perguntar onde o Espírito-da-Machadinha estará enfrentando perigos nos próximos números de sua revista.

Embora Zagor esteja numa de suas melhores fases desde sua criação, e diante de histórias memoráveis publicadas até agora pela Mythos, ainda é possível apontar este arco como o seu melhor. E com direito a um desfecho de tirar o fôlego.

Neste número, o clima é tenso do começo ao fim, não há um momento de descanso para os heróis (muito menos para o leitor!), e cada quadrinho é um fio importante para a intrincada teia de eventos que chegam a mostrar plots para tramas futuras - algo nada comum nas HQs zagorianas.

Desenhos belíssimos, citações a fatos históricos (como de praxe), além de romance, ação, suspense, tiros, explosões e, claro, uma garrafa de rum.

Depois de ler esta sensacional aventura, só resta esperar que as obrigações de Zagor em Darkwood não o impeçam de voltar a singrar os oceanos em histórias tão excitantes.

Classificação:

4,0

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