ZAGOR # 70
Título: ZAGOR # 70 (Mythos
Editora) - Revista mensal
Autores: Moreno Burattini e Stefano Priarone (argumento e roteiro), Rafaelle Della Monica (desenhos) e Gallieno Ferri (capa).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
b>Data de lançamento: Janeiro de 2007
Sinopse: Encerrando mais um encontro de Zagor com a bruxa Dharma, o herói precisa evitar que seu amigo Ramath seja morto pelos fanáticos seguidores de Dharma e do Rajá Kubal Singh, ao mesmo tempo em que tenta pôr um fim nos planos da dupla maligna.
Mas Zagor acaba caindo prisioneiro dos poderes incríveis da bruxa e é deixado para morrer nas garras de diversos tigres.
Positivo/Negativo: A espera até valeu a pena. Depois de dois meses envolvidos numa trama que pouco evoluía (a ação se concentrava praticamente nos flashbacks), aqui as coisas realmente acontecem.
A narrativa dá uma verdadeira guinada, sendo acelerada ao máximo, e entre tiros, socos, magias e traições, o leitor só tem a agradecer ao roteirista Moreno Burattini. Ele mostra como aprecia, além da destreza, a astúcia e o sangue-frio de Zagor, pois o mostra capaz de pensar com clareza até em momentos desesperadores, como quando enfrenta os tigres de Dharma.
Quem ficou curioso sobre as motivações da feiticeira indiana após os comentários de Priarone no artigo da última edição, ficará satisfeito. Burattini desenvolve e encerra a trama sem deixar pontas soltas, resolvendo tudo corretamente. Só pode-se criticar o desfecho: apesar de movimentado, esperava-se algo mais dramático no confronto final com Dharma.
Ainda sobre a bruxa: o título da história deveria ser relativo a ela, e não aos Thugs, pois estes são apenas instrumentos a serviço da vilã.
Della Monica conclui seu trabalho no arco com a mesma habilidade demonstrada nas partes anteriores. No entanto, o artista não é imune a erros, vide o último quadro da página 35, em que um olho do Thug está mal posicionado no rosto.
A Mythos também errou: primeiro com balões trocados na página 89, depois com outro em branco na 91. E também na 46, ao colocar "ia" quando o correto seria "ir".
Enfim, trata-se de uma boa aventura, que com certeza poderia ter sido melhor, mas diverte, em especial nesta última parte.
Como sempre, o Espírito da Machadinha continua com o costume de chegar sempre na hora certa para ajudar a quem precisa - só aqui, faz isso duas vezes!
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