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ZAGOR # 75

1 dezembro 2007


Título: ZAGOR # 75 (Mythos
Editora
) - Revista mensal

Autores: Luigi Mignacco (roteiro), Massimo Pesce (desenhos) e Gallieno Ferri (capa).

Preço: R$ 6, 90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Junho de 2007

Sinopse: A Escolta Mohawk - Marcus e Helena, acompanhados do negro Jatir, apresentam-se como aristocratas europeus, um status que definitivamente parece ser confirmado pela opulência da carruagem em que eles viajam através das florestas de Darkwood.

Contudo, a sua escolta de índios mohawk é massacrada misteriosamente e o Major Kroeber e o Tenente Pessoa, vindos do Brasil, entram no jogo, revelando tudo sobre o trio. Mas... será essa história verdadeira?

Positivo/Negativo: Esta aventura se destaca por dois motivos: primeiro por marcar a estréia do roteirista Luigi Mignacco nas páginas de Zagor (ainda que outra história sua já tenha sido publicada aqui, em Zagor Extra # 21) e, segundo, por trazer diversos personagens vindos do sertão brasileiro.

Isso não é surpresa, pois Mignacco também é roteirista do simpático piloto Mister No (criado pelo mesmo idealizador de Zagor, Sergio "Guido Nolitta" Bonelli), cujo território de ação e cenário da maior parte das aventuras é o Brasil. Daí sua familiaridade com o nosso país. Inclusive, ele está escrevendo uma história em que o Rei de Darkwood visita pessoalmente as Terras Tupiniquins.

E Mignacco vai bem. Seu texto se revela rápido e os diálogos são fluentes, com uma narrativa agradável, auxiliada pelos desenhos de Massimo Pesce. Com base apenas nesta edição, ainda é difícil distinguir os aliados dos inimigos, o que deixa as coisas até mais interessantes.

Aliás, não seria de espantar se, com exceção de Zagor, Chico, Tonka e seus índios, não houvesse heróis. Mas isso é conjectura. Resta esperar a próxima edição para ver o final da trama.

A participação de Chico se mostra ligeiramente maior, um pouco diferente do bufão preguiçoso visto em outras histórias. Ele chega até a se entediar por ficar sem fazer nada.

Claro que isso não elimina sua comicidade (ainda que seja o humor verbal, e não o físico que, no passado, o caracterizava), vide a página em que ele se imagina visitando as mais ricas cortes européias ou quando compõe uma canção em homenagem ao Espírito da Machadinha.

Pesce desenha a edição com competência. Seu estilo moderno e dinâmico dá vida ao roteiro e aos personagens, especialmente à enérgica figura do Senhor de Darkwood. A vitalidade do seu traço lembra vagamente a arte de Mauro Laurenti, porém seu estilo é bem mais limpo.

Destaca-se a seqüência em que Zagor tem de enfrentar a capoeira do negro Jatir, que, como o próprio Espírito da Machadinha define, "boxeia com os pés".

Classificação:

4,0

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