ZAGOR ESPECIAL #2
Título: Zagor Especial # 2 (Mythos Editora) - Edição especial
Autores: Moreno Burattini (texto) e Gallieno Ferri (desenhos e capa).
Preço: R$ 8,90
Número de Páginas: 160 (a edição) e 52 (o especial sobre o personagem)
Data de lançamento: Agosto de 2003
Sinopse: O prólogo da história ocorre na aldeia de Muitos-Olhos, com ele contando aos papoose (crianças índias) sobre a lenda de Wakinyan-Tanka, o grande pássaro do trovão, que desceu à terra para livrar os homens da presença maligna dos monstruosos Unktehi, cujos corpos pareciam com dragões.
Após a abertura acima, e na melhor tradição nolittiana, vem Chico, às voltas com sua permanente fome e com apenas meio dólar para sobreviver. Em dúvida sobre apostar todo o seu dinheiro no jogo ou comer algo, ele faz o clássico cara ou coroa. Por infelicidade sua, a moeda vai parar no galinheiro do fazendeiro Abner.
Tentando recuperar a moeda, agora engolida por uma galinha, Chico é confundido com um ladrão de galinhas que ataca na área há seis meses. Sua fuga desesperada o leva a encontrar os Sullivans, a família de saltimbancos responsável pelo look de Zagor (A Origem de Zagor, em Zagor # 1, da Record ou da Vecchi).
Nesse meio tempo, Zagor se junta ao grupo e durante a noite resolve contar a todos sobre seu passado, um tempo em que ainda não havia o Rei de Darkwood. Prepare-se para grandes revelações sobre o passado do Espírito da Machadinha!
Positivo/Negativo: Junto com as histórias A Origem de Zagor (Zagor # 1 da Vecchi e da Record), O Segredo de Wandering Fitzy (Zagor # 5, da Mythos), A Conspiração dos Deuses (Zagor # 6, da Mythos) e A Ponte do Arco-Íris (Zagor # 4, da Mythos), Darkwood Ano Zero forma uma seqüência de aventuras que tratam de estabelecer as origens do Espírito da Machadinha, desde o seu nascimento até o dia em que vestiu seu uniforme de guerra.
Moreno Burattini resgata uma importante característica de Guido Nolitta: as gags de Chico. Atualmente, as histórias têm um ritmo frenético, não se podendo dar tanto espaço a Chico, como acontecia antigamente.
Ao dedicar uma dezena de páginas às desventuras do "pequeno homem da grande barriga", Burattini dá à edição um toque particular de nostalgia. Parece que se lê uma história da década de 1960, em que Chico, por vezes, ocupava 30 ou mais páginas com suas estripulias.
Alguns leitores italianos criticaram essa aventura, porque, segundo eles, "dava uma explicação mágica para a lenda de Zagor". No entanto, o elemento mágico sempre existiu, desde a época em que Sergio Bonelli, aliás Guido Nolitta, escrevia os textos. Ressalte-se que Darkwood Ano Zero não contém exageros nos personagens, não comprometendo, assim, o passado do herói.
Se a Mythos só tivesse publicado essa aventura, já valeria cada centavo pago. Só que a editora teve o cuidado de acrescentar uma revista especialíssima sobre Zagor, que contém inúmeras matérias preparadas por Nilson Farinha e Julio Schneider, exímios experts no universo do personagem. A edição comemorativa traz as capas de todas as revistas de Zagor já publicadas no Brasil, além de vários outros artigos.
É um material que não pode faltar na coleção de nenhum leitor, mesmo que ele não seja tão fã do Espírito da Machadinha.
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