ZAGOR GIGANTE # 500
Título: ZAGOR GIGANTE # 500 (Sergio
Bonelli Editore) - Revista mensal
Autores: Moreno Burattini (roteiro) e Gallieno Ferri (desenhos e capa).
Preço: € 2, 50
Número de páginas: 112
Data de lançamento: Março de 2007
Sinopse: Magia Indiana - Um antigo inimigo dado como morto volta para se vingar! Na noite de uma reunião de chefes indígenas, um sinal: a lança quebrada, símbolo índio da vingança!
O Espírito da Machadinha deve enfrentar uma das provas mais terríveis de sua vida, lutando contra um adversário decidido a matá-lo!
Positivo/Negativo: "Pleasant Point, um pequeno grupo de barracões, etapa obrigatória para todas as expedições que percorrem o rio dirigindo-se a Forte Henry e a Forte Pitt". Com esse pequeno texto, começava a saga de um dos maiores e mais queridos heróis dos quadrinhos.
E
quem diria que aquele gibi, lançado nas bancas italianas em 15 de junho
de 1961 (há exatos 46 anos), trazendo na capa um estranho tipo, atlético
e imponente, de camisa vermelha, mais tarde se tornaria o segundo mais
longevo fumetto da Velha Bota, alcançando a invejável marca de
500 números publicados?
Como já é tradição para os números "centenários" de Zagor, foi feita uma edição totalmente em cores, com arte de Gallieno Ferri e, desta vez, com roteiro de Moreno Burattini, atualmente o principal escritor do Rei de Darkwood. Aqui, ele mostra todo o seu espírito de fã da série, criando uma verdadeira "história-homenagem" a todos os anos de aventura do personagem.
Desde a passagem inicial, com a entrada de impacto do Espírito da Machadinha diante dos chefes indígenas, elemento há tempos desaparecido, passando pela aparição de diversos coadjuvantes antigos e clássicos, até a identidade do vilão, só revelada no final da trama, a aventura toda é uma respeitosa homenagem de Burattini a Zagor, reverenciando todos os autores que o precederam.
Isso é bem explícito justamente pela volta de tantos personagens antigos: o leitor atento notará que cada vilão de Magia Indiana (ou a maior parte deles) foi criado por um autor diferente do Senhor de Darkwood, inclusive no caso do inimigo principal.
Não
convém, no entanto, dizer aqui quais são esses vilões e seus autores,
para evitar estragar o prazer da leitura, especialmente pelo fato de a
história ainda ser inédita no Brasil.
Com tantas referências, Burattini poderia tornar a aventura inacessível para os leitores menos versados no universo do Espírito da Machadinha. Contudo, ele consegue desenvolver uma trama que, além de ser uma ode ao passado, é capaz de chamar a atenção de novos leitores, por seu ritmo dinâmico e veloz e as cores chamativas.
Destaque para o último quadro da página 44, no qual se vê uma curiosa homenagem à capa da primeira edição em tiras do Espírito da Machadinha.
Também merece elogios Gallieno Ferri, o criador gráfico de Zagor, um desenhista de traço elegante cuja arte (inclusive na capa) ficou ainda melhor graças à ótima colorização.
E, no que talvez seja um recorde inédito, Ferri desenha nada menos que a sua 500ª capa para o Rei de Darkwood. Com certeza, um número espantoso, ainda mais considerando a quantidade de histórias por ele realizadas.
Esta edição é um verdadeiro presente da Sergio Bonelli Editore aos seus leitores. A nós, brasileiros, resta esperar que, daqui a uns meses, a Mythos faça um Zagor # 100 tupiniquim tão belo quanto foi este Zagor # 500 italiano.
Classificação: