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ZENITH - FASE 2

1 dezembro 2003


Título: ZENITH - FASE 2 (Pandora Books) - Álbum

Autores: Grant Morrison (roteiro) e Steve Yeowell (arte).

Preço: R$ 29,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Agosto de 2003

Sinopse: Depois de ter sua casa devastada pelo ataque de um ciborgue, Zenith parte em busca pela verdade a respeito de seus pais. O super-herói roqueiro acaba enfrentando um vilão que cria seres com poderes especiais.

Positivo/Negativo: A segunda fase de Zenith chega ao Brasil. Não é uma história tão empolgante quanto a primeira, lançada pela mesma Pandora há três anos, mas ainda assim é um álbum que merece uma atenção especial.

Nele, Grant Morrison apenas esboça algumas características que estarão presentes em seus trabalhos mais conhecidos, como Homem-Animal, Os Invisíveis, LJA e X-Men. A mais notória é a aproximação com a cultura pop, especificamente o punk rock, e uma certa autocitação constante.

Pouco tempo antes de escrever Zenith, Morrison pertenceu a uma banda punk. Não muitos anos mais tarde, o autor retrataria o alter-ego do Homem-Animal, Buddy Baker, numa situação bem semelhante. E não se pode negar que, às vezes, Zenith parece uma versão de Buddy num futuro alternativo, como se os dois pertencessem à mesma matriz.

Também há em Zenith a petulância que Morrison aplicou ao formular a personalidade do Lanterna Verde Kyle Rayner, na Liga da Justiça.

O vilão da história, porém, poderia combater os Novos X-Men, e uma versão um pouco mais trabalhada se encaixaria bem nos Invisíveis.

Mas a trama não vale apenas para se investigar a gênese de um dos mais cultuados e eficientes escritores de quadrinhos da atualidade. Apesar de estar criativamente aquém da primeira fase, há uma falta de pretensão que concede graça à história. Sem dimensões paralelas nem soldados nazistas, Morrison se limita a contar uma boa história.

A arte de Steve Yeowell (que voltaria a trabalhar com o roteirista em Os Invisíveis) ocupa painéis amplos e não chega a ser prejudicada pela redução do tamanho - Zenith foi publicado originalmente na revista inglesa 2000 AD, que tem formato magazine, e o álbum brasileiro é em formato americano.

Ressalva apenas para alguns erros de português.

Na página 3, lê-se a truncada"foitoda" em vez de"foi toda".

Na página 50,"sobra" em vez de"sobre".

Na 63, há dois "eu" repetidos um depois do outro.

Classificação:

4,0

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