ZENITH - FASE 2
Título: ZENITH - FASE 2 (Pandora Books) - Álbum
Autores: Grant Morrison (roteiro) e Steve Yeowell (arte).
Preço: R$ 29,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Agosto de 2003
Sinopse: Depois de ter sua casa devastada pelo ataque de um ciborgue, Zenith parte em busca pela verdade a respeito de seus pais. O super-herói roqueiro acaba enfrentando um vilão que cria seres com poderes especiais.
Positivo/Negativo: A segunda fase de Zenith chega ao Brasil. Não é uma história tão empolgante quanto a primeira, lançada pela mesma Pandora há três anos, mas ainda assim é um álbum que merece uma atenção especial.
Nele, Grant Morrison apenas esboça algumas características que estarão presentes em seus trabalhos mais conhecidos, como Homem-Animal, Os Invisíveis, LJA e X-Men. A mais notória é a aproximação com a cultura pop, especificamente o punk rock, e uma certa autocitação constante.
Pouco tempo antes de escrever Zenith, Morrison pertenceu a uma banda punk. Não muitos anos mais tarde, o autor retrataria o alter-ego do Homem-Animal, Buddy Baker, numa situação bem semelhante. E não se pode negar que, às vezes, Zenith parece uma versão de Buddy num futuro alternativo, como se os dois pertencessem à mesma matriz.
Também há em Zenith a petulância que Morrison aplicou ao formular a personalidade do Lanterna Verde Kyle Rayner, na Liga da Justiça.
O vilão da história, porém, poderia combater os Novos X-Men, e uma versão um pouco mais trabalhada se encaixaria bem nos Invisíveis.
Mas a trama não vale apenas para se investigar a gênese de um dos mais cultuados e eficientes escritores de quadrinhos da atualidade. Apesar de estar criativamente aquém da primeira fase, há uma falta de pretensão que concede graça à história. Sem dimensões paralelas nem soldados nazistas, Morrison se limita a contar uma boa história.
A arte de Steve Yeowell (que voltaria a trabalhar com o roteirista em Os Invisíveis) ocupa painéis amplos e não chega a ser prejudicada pela redução do tamanho - Zenith foi publicado originalmente na revista inglesa 2000 AD, que tem formato magazine, e o álbum brasileiro é em formato americano.
Ressalva apenas para alguns erros de português.
Na página 3, lê-se a truncada"foitoda" em vez de"foi toda".
Na página 50,"sobra" em vez de"sobre".
Na 63, há dois "eu" repetidos um depois do outro.
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