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Reviews

The death and life of Superman

22 dezembro 2014

The death and life of SupermanEditora: Barnes and Noble – Romance

Autor: Roger Stern

Preço: US$ 9,95

Número de páginas: 448

Data de lançamento: Agosto de 1993

Sinopse

Romance inspirado nas sagas A morte do Superman, Funeral para um amigo e O retorno do Superman, narrando a queda do herói ao enfrentar Apocalypse, a reação do mundo e seu regresso triunfal.

Positivo/Negativo

A edição da série mensal Superman # 75 foi publicada em 1992, arrebatando os fãs, quebrando recordes de venda e explodindo na mídia pelos quatro cantos do mundo. A morte do herói foi um acontecimento sem precedentes no universo dos quadrinhos, quando esse recurso de marketing ainda era novidade.

Para capitalizar em cima do evento, foram programados uma série de cards colecionáveis, uma dramatização em áudio e dois romances adaptando a saga. A versão infanto-juvenil com texto de Louise Simonson, enquanto o mais convencional assinado por Roger Stern.

Como eles foram escritos simultaneamente aos gibis, foi necessário escalar autores já envolvidos com a empreitada. Na época, os dois escritores eram parte das equipes criativas dos quatro títulos regulares do Homem de Aço, capitaneadas por Dan Jurgens, até que a DC Comics aceitou a sugestão de matar o personagem.

A verdadeira história começaria ao mostrar o que veio depois. Stern se revelou uma escolha acertada para trabalhar a narrativa em prosa literária, com talento evidente e muitos acertos.

Os capítulos iniciais de The death and life of Superman tratam de contextualizar personagens e situações que tanto marcaram a vida do herói após a reformulação empreendida por John Byrne, em 1986. Assim, o livro dá conta de Lex Luthor II, herdeiro do milionário “falecido”, de sua Supergirl originária do Universo Compacto, do envolvimento de Kal-El com a Liga da Justiça, além da apresentação de nomes como Lois Lane, Jimmy Olsen, Perry White e Emil Hamilton.

Mais que adaptar Morte e Retorno, há sequências inspiradas na minissérie O Homem de Aço, na revista Star-Spangled Comics, de Joe Simon e Jack Kirby, envolvendo Guardião e Legião Jovem, e muitos flashbacks para grandes momentos.

Quando o quebra entre Superman e Apocalypse começa de verdade, o leitor já está imerso na narrativa, e prossegue sem desgrudar os olhos das páginas.

A fidelidade em relação à fonte é notável. Aliás, o autor revelou que muitas vezes escrevia primeiro as páginas do romance, para então vertê-las aos quadrinhos, numa inversão saudável de todo o processo.

Mas a obra original teve diversos pais, e Stern não se perde nem com o surgimento dos quatro novos pretendentes a Superman, após a sua morte. A obra conta com o Superboy paquerando as gatas do pedaço, o Erradicador castigando a bandidagem, o bom coração de Aço e as maquinações do Ciborgue, de forma orgânica e direta.

Alguns personagens de apoio e uma edição com a Liga da Justiça dedicada ao Correio de Metrópolis, que não acrescentariam ao conjunto maior, foram eliminados.

Já a participação do Lanterna Verde também acabou de fora, já que nos quadrinhos levou Hal Jordan a enlouquecer e assumir a identidade de Parallax. Não teria sentido mostrar o prelúdio da reformulação de um super-herói distinto.

Pesando tudo, é um livro de fôlego, muito bem escrito e que abriu caminho para novas adaptações de gibis.

Mesmo que, várias vezes, A morte do Superman seja encarada apenas como um evento “bombástico” feito para vender, é inegável o esforço criativo de roteiristas e ilustradores envolvidos com a trama. Com destaque para as edições lidando com o funeral e o surgimento dos quatro Supermen, trata-se de uma saga envolvente e mais bem elaborada do que muitas outras que vieram depois.

O romance passou cinco semanas entre os mais vendidos do New York Times, e foi reeditado especialmente dez anos depois do lançamento, com textos introdutórios do próprio Stern e de Mike Carlin, editor dos quadrinhos originais, além de um posfácio por Charles Kochman, editor do livro.

Um marco como esse deve mesmo ser celebrado. E o volume, inédito no Brasil, com a icônica imagem de capa do emblema com o S escorrendo sangue, merece figurar na biblioteca pessoal dos fãs, resistindo ao teste do tempo e tão forte a cada releitura.

Classificação

4,0

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