As supermascotes do futebol brasileiro
Em 1995, o então diretor de redação da revista Placar, Marcelo Duarte, teve a ideia de revitalizar as mascotes dos clubes de futebol, que ele achava ultrapassadas. Pensou em algo que significasse o poder e a força que os times representam.
A era Image, na qual supertipos anabolizados e anatomicamente inverossímeis eram a bola da vez, estava no auge. Assim, sob encomenda do jornalista, os desenhistas Libero Malavoglia e Donizete Amorim - da equipe do estúdio Art & Comics - seguiram a tendência e transformaram as velhas e passivas mascotes nos Super-Heróis da Bola: Mega Timão (Corinthians), Power Urubu (Flamengo), Lança-Chamas (Botafogo), Cyberpork (Palmeiras), Galo Vingador (Atlético-MG), Fox (Cruzeiro), Thunder Tricolor (São Paulo), Colorado do Espaço (Internacional), Terminator (Fluminense), Aquatômico (Santos), Capitão Vasco (Vasco) e Espadachim Azul (Grêmio) formavam o mais novo esquadrão de paladinos da justiça.
A Editora Abril pretendia popularizá-los até que pudessem estrelar uma revista em quadrinhos própria, que se chamaria Cyberbol (nome provisório da equipe de supermascotes).
Durante vários números da Placar, eles foram tema de matérias, capa de edição e chegaram a ganhar um superpôster e uma HQ curta. Mas a iniciativa não surtiu efeito, o público não ficou animado com a inovação e o projeto foi engavetado.