Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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Universo Paralelo

Fanfic: A queda do Superpato (Capítulo 1)

28 agosto 2015

A noite sem lua não era empecilho algum. Com um binóculo infravermelho, o Superpato espreitava, atrás de uma árvore, o esconderijo do Prof. Gavião. O último golpe do vilão, havia poucas horas, culminara com a morte de Margarida, fiel esposa de Donald, alter ego do campeão de Patópolis.

Ela estava entre os clientes que se encontravam no banco durante o assalto. No momento em que tiraria da bolsa o sinalizador de alta frequência para contatar o marido, Margarida foi alvejada impiedosamente por um tiro de escopeta. Reunindo as últimas forças, porém, conseguiu apertar o sinalizador.

A dor da morte de sua esposa ainda não atingiu em cheio o Superpato. Sua adrenalina o mantém sóbrio. O ódio entretém seus pensamentos, calculando friamente as mais baixas formas de vingança. Conseguira localizar o vilão e segui-lo até o esconderijo, despistando a polícia com falsas pistas, a fim de ficar sozinho para eliminar o Prof. Gavião.

Parecia que o local estava livre. Seus detectores de armadilhas eletrônicas – mais uma cortesia do Prof. Pardal – não estavam acusando nenhum obstáculo no meio do caminho.

Superpato

Aproximou-se lentamente, encobrindo-se com sua capa negra e usando óculos infravermelhos. Mais uma conferida no detector. Nada de armadilhas. Na verdade, nem uma simples tranca. Estranho. Fácil demais.

Superpato entra na casa. Tudo às escuras, procura o quarto de onde parecia vir um barulho de passos. Aproximou-se. Eram apenas ratos, para lá e para cá no assoalho maltratado.

De repente, uma forte luz... e um baque surdo na nuca o faz perder os sentidos por alguns segundos, caindo no chão frio e empoeirado. Recobra-se a tempo de ver a figura do Prof. Gavião fitando-o ameaçadoramente.

- Preparado para morrer? – perguntou o vilão.

- Não, maldito, ainda não chegou a minha vez. Espere para ver quem vai morrer hoje. – respondeu o Superpato.

Um poderoso soco é desferido no Prof. Gavião, rachando seu bico e fazendo-o gritar de dor.

- Esse foi pelo assalto ao banco, seu verme! – gritou o Superpato.

Empunhando uma pistola de raio desintegrador, apontou-a para a cabeça do vilão e completou:

- E essa vai ser pela Margarida!

Ao mesmo tempo em que dizia isso, Superpato tirava a máscara, para espanto do Prof. Gavião, que mal podia acreditar no que via.

- Não pode ser! Você é... Donald, o pato mais rico do mundo.

- Sim, e agora você sabe o que vai lhe acontecer por matar minha esposa. Adeus, Gavião!

Professor Gavião

Donald aponta a arma, mas antes que consiga disparar, ouve atrás de si uma voz firme, mas pausada:

- Por favor, não faça isso. Você é melhor do que ele.

Era o Coronel Cintra.

- Ainda bem que cheguei a tempo. Eu devia imaginar que você iria querer a polícia afastada, Donald. Por isso o segui, enquanto meus homens estão na pista falsa que você forneceu. Vamos, amigo, largue essa arma. Prenderei o Prof. Gavião.

O cientista gargalhava de forma insana.

- Isso, prenda-me! Hoje mesmo abrirei a boca e revelarei ao mundo quem é o Superpato.

- Não, você não vai fazer isso, Gavião. Tente e eu mesmo o matarei. Não sou melhor do que você. – rebate, seco, o Coronel Cintra.

Donald entende que tudo havia acabado. Agora que a tensão estava se dissipando, não encontrava mais forças nem coragem para tirar a vida do assassino de Margarida.

Ele cai de joelhos, aos pés de seu grande amigo, entrega-lhe a arma e chora... como nunca havia chorado em toda a sua vida.

Continua...

Superpato

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