Músicas de videogames e o seu poder sobre as emoções dos jogadores
Ao jogarmos videogames, entramos em mundos completamente novos. Em cada universo, as músicas são responsáveis por intensificar a imersão e trazer à tona sentimentos. Seja uma melodia cativante ou assustadora, a trilha sonora pode estimular o jogador a acelerar com um ritmo frenético, trazer medo antes de uma luta com um chefão poderoso e celebrar as conquistas difíceis.
Fora do ambiente do jogo, quando ouvimos uma música feita para ele podemos nos comover, seja pelo game em si ou pelas lembranças atreladas a ele na época em que o jogávamos. Esse sentimento nostálgico fez até mesmo com que existem orquestras dedicadas a reproduzirem essas trilhas sonoras, como a London Video Game Orchestra (LVGO) que, dentre outros jogos, reproduz a trilha emocionante de Street Fighter II, feita nos anos 1990 por Yoko Shimomura, com arranjos de Mark Choi.
"SFII foi honestamente um dos arranjos mais agradáveis que fiz", confessou o compositor e jogador de videogame Choi. "Os temas individuais são bem curtos, mas intensamente memoráveis, e definitivamente interligados com seus personagens e os cenários em que lutam. Quando os temas ficam tão profundamente enraizados em nossa psique assim, é impossível não se emocionar ao ouvi-los novamente," explica.
Street Fighter II e as músicas relacionadas a ele emocionam pelo fato do game ser um clássico da indústria. De forma semelhante, os cassinos online tentam trazer toda a atmosfera luxuosa e tradicional das casas de jogatina para a casa do usuário, como é o caso da 1xBet cassino, que conta com modalidades ao vivo, onde é possível se divertir com dealers de verdade e se comunicar com outros jogadores. A 1xBet também oferece um aplicativo para Android e iOS, assim como atendimento 24h em português para esclarecer todas as dúvidas dos usuários.
Emoções e sensações
De acordo com Choi, as trilhas sonoras de filmes e de videogames são muito parecidas, mas características únicas da última categoria, como a sua natureza participativa e não-linear, intensificam ainda mais as emoções de quem está escutando. "O poder dos videogames está no fato de que você, na verdade, se torna o protagonista da história; embora a história em si possa ter sido pré-definida, você controla como e quando ela se desenrola", diz ele. Choi ainda comenta que é exatamente esse poder de interação que diferencia os games.
Esse impacto das músicas é tão interessante que já foi pauta de estudos acadêmicos. Em 2006, o artigo The Role of Music in Videogames (O papel da música nos videogames, em tradução literal) foi publicado pelos pesquisadores Sean M Zehnder e Scott D Lipscomb. No texto, eles discutem as trilhas sonoras dos jogos e sua multifuncionalidade, chegando à conclusão de que elas "aumentam a sensação de imersão, oferecem deixas para mudanças de narrativa ou enredo, agem como um significante emocional, aumentam o senso de continuidade estética e cultivam a unidade temática de um videogame".
Já a acadêmica e professora da Universidade de Waterloo, no Canadá, Karen Collins, faz uma análise teórica e prática deste tipo de som em sua obra Game Sound, de 2008. Segundo o texto de Collins, o jogador é um ouvinte ativo, que pode acionar a música durante o jogo e reagir, mesmo que subconscientemente, a ela. Ela afirma que muitas vezes “o som funciona para controlar ou manipular as emoções do jogador, orientando as respostas ao jogo. "
Collins também destaca o papel do silêncio, que também pode ser usado para obter um efeito poderoso, como para levar o player a completar uma tarefa ou aumentar a tensão.
Algo que não deixa de também estar presente é o amor dos compositores pelo mundo dos games, o que traz ainda mais emoção para os sons que são gerados. O compositor britânico, Gareth Coker, por exemplo, criou as premiadas partituras para Ori and the Blind Forest (2015) e Ori and the Will of the Wisps (2020). "Na infância, tenho as melhores lembranças de jogar videogame com meus pais" disse ele. "Essas memórias que criei com minha própria família, gostaria de poder propiciar a outras pessoas," conclui.