Olhos de mangá: as controversas lentes circulares
Para garantir aquele primeiro lugar em concursos de cosplay com um detalhe que fará qualquer um encarnar à perfeição o seu personagem preferido dos mangás ou animês, além das roupas e maquiagens adequadas, já faz muito tempo que é possível ficar com os enormes olhos característicos dessas figuras.
Graças às lentes de contato circulares que, em meados da década passada, viraram mania no Japão e na Coreia do Sul e não tardaram a se espalhar pelo mundo, ao ponto de se tornar comum, atualmente, vê-las como parte de fantasias de Halloween nos Estados Unidos e muito usadas por jovens no Brasil, às vezes como incremento do visual para fotos em redes sociais.
Com o desenho da íris ampliado, as lentes circulares - também vendidas em versões para míopes - causam um efeito impressionante, que dá ao usuário (cosplayer ou não) um visual "mangalizado".
O problema é que, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos e em vários países da Europa, os oftalmologistas não aprovam o uso dessas lentes e alertam sobre os graves problemas que elas podem causar, como a falta de oxigenação no olho, resultando em úlcera de córnea e levando à cegueira.
Nesses países, nenhum fabricante de lentes oferta o produto, que é importado da Ásia ou até mesmo do Canadá pelos praticantes de cosplay. A ANVISA (Brasil) e a FDA (EUA) proíbem a venda desses produtos.
Mas como não faltam sites na internet oferecendo uma grande variedade de modelos das lentes circulares, nada parece frear a invasão dos "olhos de mangá".