Planeta Vermelho
Desde que foi descoberto, o planeta Marte tem levado a humanidade, de um modo geral, a especular sobre sua natureza. Dos seus famosos canais aos “anões verdes”, muito já foi dito e escrito sobre o planeta vermelho e seus possíveis habitantes.
Mas, apesar de ser há muitos anos explorado pela literatura e ciência, foi só recentemente que Hollywood descobriu (ou melhor, redescobriu) Marte.
Em 2000 tivemos o malfadado Missão Marte, de Brian de Palma, e agora chega aos cinemas, no dia 16 de fevereiro, Planeta Vermelho.
Estamos no ano de 2050. A humanidade se encontra à beira da extinção. O colapso dos recursos naturais da Terra é eminente, e a colonização de Marte é a única solução viável para salvar a vida de nossos 12 bilhões de habitantes.
Um consórcio internacional inicia um plano mirabolante de colonização de Marte. Mas surgem problemas misteriosos, o que leva ao envio de uma equipe ao planeta.
Planeta Vermelho narra as desventuras deste grupo de astronautas, liderados por Kate Bowman (Carrie-Anne Moss, de Matrix). Sua equipe inclui, entre outros, Val Kilmer (de O Santo e A Sombra e a Escuridão), Tom Sizemore (Fogo contra Fogo e Estranhos Prazeres), Terence Stamp (Priscila – a rainha do deserto e Guerra nas Estrelas: Episódio Um).
Esse grupo, formado por mecânicos, geneticistas, biólogos, astronautas e um robô militar (que visualmente parece um cruzamento do Alien com o tão falado cachorro robótico da Sony, oAibo), é obrigado a enfrentar diversos problemas, que incluem uma pane na espaçonave, incêndio, falta de oxigênio, a atmosfera inóspita de Marte e até mesmo a covardia de alguns companheiros.
Por outro lado, o espectador também enfrenta problemas, sendo o maior deles um roteiro fraco e simplista. A fotografia, apesar de realista quanto à representação de Marte e sua atmosfera, é monótona, opressiva e vermelha. Uma pena, pois poderia ter sido um elemento a favor do filme, não só cenográfico, como também para criar um clima de suspense.
O destaque visual fica por conta do robô AMEE, uma excelente criação do supervisor de efeitos visuais, Jeffrey Okun, e da companhia Cinesite (que criou os efeitos do robô).
O filme, produzido em 2000, marca a estréia do diretor Antony Hoffman no cinema. Hoffman anteriormente era famoso por seus comerciais da Budweiser.
No geral, o filme decepciona por sua história pouco plausível. Em função dos bons atores e de uma produção cara e requintada, o resultado ficou muito abaixo do esperado.
O difícil, para esta produção, vai ser competir com O Tigre o Dragão (dez indicações para o Oscar), no dia 16 e Hannibal que tem estréia programada também para o dia 23.
Nota
Links Sugeridos:
Site da Warner Bros. Brasil