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Filmes

Thor – Ragnarok é uma comédia com aventura. E funciona!

27 outubro 2017

Thor – Ragnarok é o melhor filme do Deus do Trovão. Não é difícil se comparado com Thor (2011) e Thor 2 – O Mundo Sombrio (2013), ou mesmo com longas no qual o personagem é um coadjuvante, como Os Vingadores (2012), Os Vingadores – Era de Ultron (2015), que são até legais, mas não são brilhantes, e O Retorno do Incrível Hulk (1988), primeira aparição do personagem em filme trash que continuava a série do Gigante Esmeralda estrelado pelo Lou Ferrigno.

Grande parte disso se deve a uma mudança de direcionamento que a Marvel assumiu para a série, abandonando as abordagens anteriores. Enquanto em Thor a pegada era séria, para apresentar o personagem no típico filme de origem e assinado pelo diretor Kenneth Branagh, mais conhecido por fazer adaptações cinematográficas de obras do Shakespeare e, portanto, na visão do estúdio, familiarizado com a fala empolada dos asgardianos; e Thor 2 – O Mundo Sombrio tentava levar mais pra uma aventura medieval dramática, Thor – Ragnarok é essencialmente uma comédia.

Thor - RagnarokThor - Ragnarok

Há passagens dramáticas, claro, com o personagem sendo forçado a abandonar coisas que lhe são essenciais, como manda uma boa narrativa de jornada do herói, mas a toada é para a galhofa mesmo. Chris Hemsworth manda muito bem com uma pegada mais cômica para o Thor. Além de atuação precisa no texto, em algumas, o ator conseguiu criar uma comédia visual sem ser muito pastelão. Mas, ainda assim, foi hilariante. À primeira vista, lembrando um pouco o Inspetor Clouseau de Peter Sellers.

O elenco de apoio ajuda, e muito. Claro, fica fácil contracenar com gente do calibre de Tom Hiddleston (em mais uma aparição como Loki), Cate Blanchett (a vilã Hela), Idris Elba (de volta como Heimdall), Jeff Goldblum (o renomado ator vem como o vilão Grão-Mestre), Tessa Thompson (Valquíria) e Karl Urban (Executor), Anthony Hopkins (Odin) e Mark Ruffalo (mais uma vez como Bruce Banner/Hulk), além de muitas participações especiais.

Todos muito bem comandados pelo diretor Taika Waititi, oriundo do cinema de comédia, que optou por deixar a maioria dos diálogos improvisados, dada a competência do elenco.

Thor vs. Hulk

O roteiro bebe de muitas fontes, mas essencialmente de duas grandes sagas de Thor. A Saga de Surtur (que aconteceu numa das fases mais brilhantes do personagem, nas mãos de Walt Simonson) e Ragnarok (de Michael Avon Oeming, Daniel Berman e Andrea Divito).

Há outras passagens que lembram outras sagas, como Planeta Hulk (de Greg Pak e Carlo Pagulayan). E existem diversas outras referências aos quadrinhos (e uma menção divertida ao Thor Sapo e outra a Bill Raio Beta). Os leitores mais conhecedores vão se divertir em encontrar a miríade de homenagens escondidas.

Enfim, o resultado é um filme muito legal, não só o que já foi citado, mas porque tudo é feito com muito cuidado: a trilha sonora, o ritmo, as lutas, os efeitos especiais (muita coisa lembra os desenhos de Jack Kirby), a história. Claro, não é nenhuma obra-prima da sétima arte, mas se dá muito bem como um cinemão-pipoca brilhante para quem gosta do gênero.

Thor – Ragnarok
Duração: 130 minutos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: Taika Waititi
Roteiro: Eric Pearson, Craig Kyle e Christopher Yost
Elenco: Chris Hemsworth, Tom Hiddleston, Cate Blanchett, Idris Elba, Jeff Goldblum, Tessa Thompson, Karl Urban, Mark Ruffalo, Anthony Hopkins, Benedict Cumberbatch.

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